Tudo começa e termina na nossa mente

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Hoje eu sou uma pessoa completamente diferente de quando comecei a escrever este blog. Durante anos fiquei preso a muitas “verdades” que, ilusoriamente, faziam com que eu pensasse estar trilhando um caminho de evolução e aprendizado. De toda e qualquer experiência pode surgir um aprendizado, mas certas idéias, enquanto arraigadas, tornam esse processo mais lento.

Quando focamos em algo, vemos esse objeto [que pode ser uma idéia] mais de perto, mas, ao mesmo tempo, deixamos de ter a visão do todo ao redor. Idéias-fixas, crenças limitantes, dogmas – todo pensamento repetitivo e com fundamento assegurado mais pela fé cega do que pela razão ou pela intuição profunda, enfim – são perniciosos. São uma fundação frágil para todo um pensamento que se estrutura a partir deles.

Certas crenças são facilmente assimiladas, porque convenientes. Um crente que confia piamente numa suposta salvação simplesmente por crer na idéia correta, um cientista materialista que ignora a metafísica tão-somente porque tais fenômenos possuem explicação de ordem diversa daquela com que está acostumado a lidar, o adepto a uma filosofia ou sistema específico, enfim, todos aqueles que compactam toda a complexidade da vida e do universo, em seus aspectos físicos e também intangíveis, numa visão pronta e pré-concebida de tudo, somente enxergam corroboração naquilo que está alinhado com a sua visão pronta de mundo e vêem todo o resto, que não se encaixa no seu padrãozinho, como engano ou falta de consciência.

A vida é o que é. E toda a realidade é muito maior que a capacidade de compreensão de cada um de nós.

O bom disso tudo, porém, é que todo limite para o aprendizado começa e termina em nós mesmos. Não há limites para a compreensão senão aqueles auto-impostos ou aceitos por nós próprios — num processo que pode ocorrer inconscientemente – e no mais das vezes é assim mesmo que ocorre.

A humildade mantém a mente aberta. Uma mente aberta, contudo, pode permanecer estagnada. Mas a humildade aliada à coragem, à curiosidade, à inteligência e à força de vontade dá a cada um de nós a propulsão necessária para sairmos do nosso estado de ignorância suprema e rumarmos ao conhecimento e à verdade maiores.

Tudo começa e termina na nossa mente. Nossa grandeza ou nossa pequenez depende das crenças fundamentais que cultivamos.

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