Seja grato por todas as coisas boas que já lhe aconteceram, por todas as pessoas incríveis com que já se deparou, por todos os lugares que já agraciaram sua visão com a beleza que lhes é própria. E que isso não o impeça de sonhar, de querer mais.
Que tudo que já lhe aconteceu de bom não o impeça de querer tudo novamente, em dobro.
Mas, mais importante: queira você também distribuir coisas boas, queria você também – e saiba que é possível – ser uma pessoa incrível, queira você também fazer dos ambientes em que se encontre lugares maravilhosos.
Seja grato, mas não viva do passado. Construa um futuro cada vez melhor. Transforme cada instante num momento mágico. Seja feliz, espalhe felicidade. Ajuste seu olhar para ver as coisas boas que o rodeiam, seja grato por isso e busque retribuir os presentes que lhe foram dados.
Apenas deixe que os melhores sentimentos guiem suas ações
Apenas deixe que os melhores sentimentos guiem suas ações. Se alguma mágoa lhe afetar, apenas procure por algo por que deva ser grato e sorria por isso. Sorria e olhe fundo nos olhos de quem estiver próximo a você, mantendo impávido o seu sorriso e lançando o brilho de seu olhar. Nesse momento, onde antes havia uma mágoa, existem agora dois sorrisos.
Se alguma tristeza lhe acometer, apenas olhe para o azul do céu e projete sua mente para além do horizonte. Em seguida, olhe para o lado e procure por alguém que precise de sua ajuda. Doe um pouco do seu tempo. Lance as melhores palavras de puderem sair de seus lábios. E faça mais, faça o que for preciso para deixar quem estiver do seu lado melhor. Quando tiver dado o seu melhor, onde antes havia uma tristeza, passarão a existir dois corações alegres, unidos pelo laço da generosidade.
Apenas algumas palavras…
Que toda beleza seja admirada; jamais invejada.
Que todo amor seja manifestado; jamais contido.
Que todo sonho seja vivido, e não apenas sonhado.
Que toda fagulha de esperança se incendeie, e permaneça viva eternamente.
O Peregrino – Parte II
Continuação de O Peregrino
A certeza de que sua alma viajante poderia regressar ao lar amado preencheu-lhe todo o seu ser, e mudou para sempre sua visão, tão embaçada após tão longa odisseia vivida. Mas falemos um pouco, antes, sobre como começou essa estória.
Como alguém que anda perdido pelo deserto logo tem os sentidos embaralhados, assim que a água escasseie e o calor abunde, assim o foi com o Peregrino no início de sua jornada longe de casa.
A água e o pão são o substrato sem o qual o corpo de matéria não sobrevive. Mas é importante dizer: o Peregrino estava ocupando corpos de matéria, vida a vida, e de modo algum os corpos que habitava podem confundir-se com o que o aventureiro é em essência.
E aqui nesse mundo, o alimento de sua alma era muitíssimo raro, e ele não sabia onde encontrá-lo. Então, assim como o viajante perdido no deserto tem seus sentidos afetados ao faltar-lhe alimento, do mesmo modo ocorreu com o Peregrino: em pouco tempo seus julgamentos não passavam de alucinações; passado um período maior, a sanidade já não permanecia senão latente no âmago de sua alma. E o que de início reconhecia como delírios de sua parte, passaram a ser a verdade que o guiava.
***
Àqueles que ainda não estão familiarizados com estórias como essa que se está contando, convém informar que uma só vida é um piscar de olhos; e, quando dizemos que muito tempo se passou na vida do Peregrino longe da pátria de origem, queremos dizer que há muitas e muitas vidas de lá ele partiu. Tantas quantas se possa imaginar, e muitas mais do que se possa lembrar.
(Continua…)
Vantagens e desvantagens da internet
É claro que a internet possui vantagens e desvantagens. As suas vantagens são muitas. Mas convém atentarmos para o seu lado não tão nobre, e que nos afeta muitas vezes sem que percebamos.
Para isso, proponho uma viagem no tempo. Transportem-se mentalmente para meados da década de 90 do século passado. Nesse período, a internet era incipiente e seus efeitos ainda praticamente nulos em nosso cotidiano. Lembrem-se de como eram as coisas nesse tempo. Lembrem-se de como era a vida nas cidades do interior, do modo mais amigo e solícito com que as pessoas tratavam umas às outras. Da maior paciência nas relações, do amadurecimento de valores em cada um de nós ao longo de nossas vidas.
O que a internet tem a ver com tudo isso? Muita coisa! Sua crescente presença em nosso dia-a-dia incute em nós características que lhe são próprias: imediatismo, pensar veloz, atenção dispersa e superficialidade, para citar apenas algumas.
(Sempre que uma lista de características é exposta assim, sem antes encaixar-lhes num contexto, é inevitável que cada um as situe dentro do escopo mental em que já as compreenda.)
Acostumamo-nos a obter respostas imediatas, pois no mundo da rede elas estão a um clique. Mas certas questões, por sua própria natureza, não podem ser compreendidas de imediato. Seu entendimento requer reflexão, meditação à respeito.
Um pensar veloz, por sua vez, requer harmonização e equilíbrio entre as ideias concatenadas, sob pena de resultar em mera confusão mental, ao invés de um construto racional sólido e coerente.
Tão importante quanto aquilo que buscamos conhecer é ter discernimento em relação àquilo que não nos serve, àquilo que não queremos para nós. Os conhecimentos existentes são infinitamente maiores do que é possível ser conhecido por cada indivíduo. Assim, resta traçar uma linha mestra daquilo que nos interessa e buscar compreender os pontos que, ao ligarem-se, dão forma a ela. Foco (atenção concentrada) é a palavra-chave.
Todos os fatores mencionados estão relacionados entre si e diretamente ligados com a superficialidade da compreensão que, por seu turno e por definição, contrapõe-se à profundidade.
A “Era da Informação” é uma era de informação rasa, que leva a um conhecer sem substância. Sabemos muitas coisas, mas a maior parte do que sabemos não possui grande relevância. Todos sabem que o artista da moda, que vive do outro lado do mundo, quebrou a unha do mindinho, poucos minutos depois disso acontecer. E informações desse tipo permeiam os diálogos, introduzidos por um “Você viu que…” e seguidos de uma série de comentários que gravitam ao redor de tão importante assunto. Esse é um exemplo caricato e extremo, mas é também representativo de parte significativa das ideias trocadas no dia-a-dia.
É verdade que muita coisa mudou no mundo de uns anos para cá; não foi somente o advento da internet que transformou nosso modo de pensar e agir. Mas também é verdade que tanto a internet como as revoluções tecnológica e da informação nos afetam sobremaneira.
É, portanto, oportuno refletirmos sobre como isso tem impactado em nossas vidas, sobre o quão importantes são as informações que estão alimentando nossos pensamentos, impregnando nossa alma.
Hoje em dia, chavões espalham-se como vírus, disseminando velozmente “verdades” que são aceitas, repetidas e defendidas com veemência, sem que haja uma análise cuidadosa quanto aos seus fundamentos de validade.
Esqueceu-se que o saber é um processo que se dá no interior de nós mesmos, sendo a informação tão-somente matéria-prima, a qual apenas com o devido processamento pode converter-se em aprendizado.
Na internet não há espaços para beijos, abraços e apertos de mão. É um ambiente frio em que todos, estranhamente, buscam acolhimento. A tela de um computador exerce um efeito magnético, que atrai nossos olhos com muito mais força do que o brilho das estrelas os cativa. E isso é um sintoma dos tempos em que vivemos: tempos de muita informação, mas de pouco conteúdo.
Algumas frases extraídas de um ótimo livro
Pensamentos de A. G. Roemmers, extraídos de O Retorno do Jovem Príncipe:
Para adquirir este livro, acesse a Livraria Cultura.
“Cem manuais sobre o amor não valem um único beijo, nem cem discursos sobre o amor, um único gesto amoroso.”
“Se você estiver convencido de que pode, provavelmente é capaz. Mas se acreditar que não pode é quase certo que não vai conseguir.”
“Desconfie daqueles que destroem seus sonhos com a desculpa de que estão lhe fazendo um favor, porque geralmente eles não têm nada para oferecer em troca!”
“Se você for inteligente, poderá incorporar os erros cometidos pelos outros à sua experiência, sem precisar repeti-los.”
“Dê o melhor de si em tudo o que fizer, para que o resultado reflita seu espírito.”
“Só as pessoas que amam de verdade são estrelas, e a luz delas continua a brilhar sobre nós muito tempo depois que elas se foram.”
“Algumas pessoas acreditam que, ao perdoar os outros, estão concedendo uma bênção, quando na verdade o indivíduo que mais se beneficia do perdão é aquele que o concede.”
Meus posts preferidos
Esta é uma seleção com 10 dos posts que mais gostei dentre aqueles escritos nos quase 3 meses de blog.
1. Eu acredito – http://vozdaalma.com.br/pensamentos/eu-acredito/;
2. Qual o nosso legado? – http://vozdaalma.com.br/pensamentos/qual-o-nosso-legado/;
3. Laços eternos – http://vozdaalma.com.br/pensamentos/lacos-eternos/;
4. Um sonho, uma lembrança – http://vozdaalma.com.br/contos/um-sonho-uma-lembranca/;
5. Por um novo olhar – http://vozdaalma.com.br/pensamentos/por-um-novo-olhar/;
6. O olhar da Paz – http://vozdaalma.com.br/contos/o-olhar-da-paz/;
7. Àqueles que buscam – http://vozdaalma.com.br/mensagens/aqueles-que-buscam/;
8. Não se acostume – http://vozdaalma.com.br/pensamentos/nao-se-acostume/;
9. Sendo nós mesmos – http://vozdaalma.com.br/pensamentos/sendo-nos-mesmos/;
10. Pequenos gestos – http://vozdaalma.com.br/pensamentos/pequenos-gestos/.
Ventos de mudança
São as mudanças que dão o tom de nossas vidas. A cada instante que passa, todas as coisas deixam de ser o que um dia já foram. Todo momento é tempo para renovação, para ajustarmos nossas vidas e torná-las condizentes com aquilo que queremos para nós.
A mudança é a tônica da vida. Nada permanece eternamente o mesmo. Tudo é um construir infinito, a cada momento estamos erigindo o castelo de nossas vidas – mesmo que não tomemos consciência daquilo que estamos fazendo. Cabe-nos avaliar, refletir se nossas construções são sólidas e harmônicas, belas e aconchegantes.
Cada instante que vivemos é um momento completamente novo, repleto de oportunidades; oportunidade de melhorarmos, evoluirmos, crescermos, aprendermos… Isso pois a cada novo momento podemos fazer novas escolhas, aprendendo com aquelas que não levaram onde queríamos chegar e… mudando!
Ao mudar para melhor, evoluímos. Evoluindo nos tornamos mais próximos daquilo que nascemos para ser, nos tornamos mais conscientes daquilo que viemos fazer nesse mundo que vivemos.
Os ventos de mudança sopram incessantemente. Cabe-nos, portanto, assim como ao comandante de um barco à vela, içá-la e definir os rumos da embarcação, manejando o leme com destreza para aproveitar os ventos favoráveis e também para seguir adiante mesmo quando eles soprem em direção contrária.
Que bons ventos o(a) leve aos destinos que almejar!
Algumas palavras
Este post, assim como outros, é para lembrar das coisas simples que todos sabemos, mas frequentemente deixamos de lado em nossas vidas. É também para desejar bons auspícios àqueles que o lerem.
Quero lembrar que, assim como as flores que caem no outono reaparecem a cada primavera, também o é com a esperança: períodos de turbulência podem fazer com que não a vejamos, mas é certo que os tempos se sucedem e, cedo ou tarde – antes cedo do que tarde, espero – ela volta a preencher nossos dias.
Como se diz, sempre depois de uma tempestade vem a bonança.
Até mesmo as nuvens mais densas uma hora se dissipam, abrindo espaço para que os raios de sol penetrem em nossas vidas.
Tudo é cíclico; nada permanece sempre o mesmo.
Sabendo que os bons momentos não duram para sempre, vivamos cada um deles com a maior das intensidades, eternizando-os em nossos corações.
E não esqueçamos que também os maus momentos são passageiros; reduzamos, pois, a aflição que nos causam, sabendo que seus dias estão contados.
Em dias frios, que a calidez do amor aqueça os corações. Que nas horas difíceis os laços mais fortes se mostrem inquebrantáveis.
E que nas horas boas, lembremos que não estamos sós, que não vivemos somente para nós mesmos, e que nenhuma felicidade é plena se não for compartilhada.
Que encontremos em nós altruísmo, bondade e compaixão. Que pratiquemos a doação.
E que saibamos que a mais nobre das atitudes é servir, que somente somos amados quando amamos, e que somente somos felizes quando espalhamos felicidade.
Que tenhamos mais amor, mais sorrisos e mais paz em nossos dias. Que os bons momentos sejam cada vez mais duradouros.
Dicas para o desapego nosso de cada dia
Por Aldenor Romero Studart
aldenorstudart@gmail.com
Existem várias formas e maneiras para se viver em equilíbrio, promover o desenvolvimento espiritual e buscar a felicidade. No meu entendimento, um procedimento que favorece, e muito, tudo isso é o cultivo do desapego.
Quanto mais nos tornarmos des-apegados mais fácil a vida se torna, até porque ficamos mais leves, mais soltos e menos presos a tanta coisa inútil (material, espiritual e emocionalmente falando). Nesse sentido, uma técnica que auxilia a criar a cultura do desapego em cada um de nós consiste na doação de um objeto todos os dias. Essa doação também pode se concretizar na prestação de um serviço a alguém ou algum ser vivo – não necessariamente a um ser humano e nem precisa ser algo valioso – basta que haja uma doação.
Talvez doar um objeto todos os dias pareça impossível, ou mesmo uma idéia absurda, mas eu gostaria de dizer apenas uma coisa: Experimente! Procure doar objetos que você tenha em duplicata e que, pensando bem, não há necessidade de ter dois, ou três, ou quatro deles na sua vida. Comece com objetos que não gosta ou não usa há muito tempo. Depois foque naqueles com pouca probabilidade de serem usados, pelo menos em curto prazo. Crie espaços, deixe a energia ao seu redor fluir de forma harmônica.
Uma observação muito importante: evite ter coisas quebradas! Se algo estiver quebrado, conserte, ou então passe adiante. Às vezes um objeto com um pequeno defeito pode ser de grande valor para outra pessoa. Aproveite a oportunidade para consertar ou descartar.
Nesse processo de des-apego procure ter o estritamente necessário hoje. Evite o excesso da mesma forma e com a mesma intensidade com que você foge da escassez. Isso pode ser facilitado com o consumo racional, ou seja, consumir o que for necessário, na medida do essencial e na dose exata do equilibrado.
O objetivo maior de tudo isso – em última instância – é o desenvolvimento da pessoa enquanto ser espiritual, privilegiando o crescimento interno de cada um. Para isso é importante ampliar a percepção do contexto em que vivemos, conscientizando-se de quão insana é a busca contínua e incessante da acumulação sem medidas.