Princípios e praticidade

Para que enfrentar uma longa fila se há meios para não precisar permanecer nela, ainda que esses meios não sejam de todo corretos? Para que cumprir zelosamente com todas as minhas obrigações, já que ninguém em volta o faz? Para que tomar um caminho lento e moroso (mas que é o caminho certo) se eu posso pegar um atalho (embora não seja o correto)? Em suma, o que importa cometer pequenos deslizes, já que muitos deles tornam a vida tão prática? Princípios. Fazer o que é certo não é questão de praticidade, mas sim de princípios.

Furar a fila do banco ou trafegar pelo acostamento pode até tornar nossa vida mais prática, livrar-nos de um infortúnio e nos causar um alívio imediato. Mas tudo isso termina por aí. Não carregamos conosco o “bem-estar” proporcionado por essas pequenas transgressões.

Em contrapartida, ter as ações guiadas por princípios faz com que estejamos preenchidos por algo maior do que nós mesmos. E esse preenchimento – em oposição ao vazio – proporciona bem-estar perene. Significa que já não vivemos apenas por nós e para nós, mas sim voltados para horizontes mais vastos. Significa que nossa consciência individual possui respeito e consideração pelos demais. Enfim, significa não ser egoísta ou obtuso, mas o oposto disso.

Então, se o que almejamos é sermos altruístas, agirmos com respeito e possuirmos visão mais ampla, uma coisa é certa: ser prático não é nada prático.

Sobre voos e devaneios

Em momentos de introspecção, quando distantes em espírito da correria cotidiana, surgem questões que parecem sem resposta. Devaneios sem um nexo aparente. A respiração passa a ser lenta e profunda. O olhar parece desatento. O ouvido já não mais ouve os sons em redor. Tampouco os pensamentos estão nas atividades corriqueiras. Eis o voo de uma alma.

A esse tempo, todas as preocupações deixam de existir. O passado já não mais existe. Tudo o que há é o horizonte a ser desbravado.

O que faz um pássaro alçar voos altos é a sua leveza. Igualmente, o que faz nossas almas voarem alto também é a leveza. E a leveza de espírito consiste em cultivar bons hábitos, ter dentro de si bons sentimentos. Deixar de lado atitudes pesadas, como lamentações, críticas e egoísmos e trocá-las por agradecimentos, elogios e atitudes de doação. Ter leveza de espírito é ter sempre uma palavra agradável a ser dita; ou ainda um silêncio acolhedor para ser oferecido. É saber mudar o rumo de uma conversa e torná-la mais alegre e divertida. É ser grato por todos e tudo que a nós se doam de algum modo; seja por alguém que nos ajuda e socorre em um momento de dificuldade ou por uma simples flor que nos brinda com sua beleza e perfume; pela melodia que é o canto de um pássaro; pela obra de arte que é um pôr-do-sol.

Uma vez em pleno voo, nada mais divertido e prazeroso para um pássaro – imagino eu – do que planar suavemente. E para nossas almas, o que é preciso para uma planagem aprazível pelas alturas? O que as mantêm leves? Uma atitude contemplativa é uma das maneiras, creio. Contemplar é ter admiração e respeito. Contemplar a beleza, a bondade e a justiça é tê-los como templos. E que templo é mais digno de veneração do que aquele que é belo, bom e justo? E o que é belo, bom e justo sem ser também harmonioso, sapiente e equilibrado. E como há de haver tudo isso sem Amor, Paz e Alegria? Eis o devaneio de uma alma.

Informação ou entorpecimento?

Todos os dias, dia após dia, o noticiário é o mesmo. Tragédias, fofocas, corrupção, escândalos morais. Mudam os atores e os cenários, mas o enredo permanece o mesmo.

Pergunto: que impacto tomar conhecimento disso tudo causa em nós? Será que estar de posse de tais informações nos torna mais conscientes da realidade em que vivemos?

Ter consciência da realidade pressupõe captá-la da forma mais plena possível, percebê-la em suas variadas nuances. Depois dessa percepção inicial é que moldamos nosso entendimento acerca da realidade que nos circunda.

Esse primeiro passo é passivo, contemplativo. Da contemplação surgem impressões, sensações e a formação de ideias.

Ao contemplar a beleza de uma paisagem, entramos em sintonia com essa beleza e isso faz com que ressoe em nosso interior algo de belo também. Daí surge uma sensação de bem-estar, paz e alegria. Enfim, ao nos voltarmos ao que é belo, vibramos sentimentos igualmente belos.

Mas, quando estamos prestes a alçar voo, as notícias do mundo nos puxam de volta para o chão. Se nosso olhar está a contemplar o horizonte ou as estrelas, algo nos chama e pede camufladamente que abaixemos nossas cabeças e voltemos nossos olhares para baixo, para as mazelas diárias de todos conhecidas.

Um pássaro acostumado a voar, certamente ficaria angustiado se estivesse preso ao chão. De igual modo, para alguém cujo céu é o limite (e para nossas almas, nem mesmo o céu é limite), nenhum confinamento é suportável. Somente a vastidão é aceitável.

Alguém acostumado à abundância, não suporta a miséria. E aqui me refiro à abundância de bons sentimentos, em contraste à sua falta, essa sim a pior das misérias.

Assim, da mesma maneira que a beleza nos enleva, as misérias nos afundam. Então, retomo: que bem nos faz ter ciência das notícias diárias que tratam das mazelas cotidianas? Tornamo-nos mais conscientes em decorrência delas? Ou nos alimentamos de sentimentos pesados que agrilhoam nossas almas, impedindo seus voos?

Um espírito puro entraria em estado de choque ao tomar conhecimento de injustiças, maldades e afins. Mas, infelizmente, mesmo esse espírito, passado algum tempo, se acostumaria a elas.

O quão triste é ver alguém que não tem condições de sequer alimentar-se com dignidade? Creio que muitos, em algum momento da vida, tenham ficado comovidos ao ver alguém em busca de alimento em latas de lixo. Comovidos ao ponto de cair em prantos, é provável. Mas por que não caímos em prantos toda vez que presenciamos uma situação como essa? Por que não nos chocamos a cada vez que nos deparamos com uma injustiça?

Porque nos acostumamos. E depois do costume vem o torpor. Para evitar a dor, mascaramos as percepções daquilo que sentimos. Minimizamos, em nossas consciências, a gravidade das situações até o ponto de podermos lidar com elas. É um mecanismo de defesa, mas que gera efeitos colaterais.

Passado um longo tempo de entorpecimento, tomamos a situação por natural. Aquilo que antes nos chocava, passa a não causar mais tanto espanto.

Assistindo sempre às mesmas peças de tragédias cotidianas, estamos mais informados e conscientes? Ou estamos confinando nossas almas a um espaço feio e restrito, impedindo-as de voar pela vastidão do infinito?

Por um traço de minha alma

 “Quando minha língua fala, meu ouvido estranha-lhe a voz.” Khalil Gibran

Por um simples traço de minha alma é a procura do olhar que a mim mesmo lanço. Por uma simples palavra instigo minha memória a buscar, e peço a ela que busque o mais distante que puder; e insisto que vá além. Quando tiver chegado ao mais longínquo imaginável, peço que avance em sua busca e não cesse de procurar até encontrar. E quando todo o possível houver sido feito, clamo pelo impossível. De uma simples imagem busco recordar. Um simples som almejo ouvir novamente. Também um único e simples aroma quer meu olfato experimentar outra vez.

Há tempo, tanto tempo que já não se têm mais notícias. Nem mesmo rumores. Ah, aquilo que busco! Tão longínquo, tão camuflado e escondido. Resquícios de sua existência encontram-se em fábulas, músicas e poesia. E assim, somente assim é possível ter um vislumbre de compreensão daquilo de que as palavras já não falam mais. Somente em históricas fantásticas, que fantasia possuem pouca. Mas, as peças desse quebra-cabeças encontram-se espalhadas e uni-las é tarefa árdua.

Ainda que meus olhos não captem, minha alma sente minha alma. E, quando isso ocorre, sei que o olhar lançado surtiu algum efeito, embora imensamente menos intenso do que meu desejo. A paragem seguinte tem o acesso mais dificultoso. O entendimento daquilo que, de algum modo, sei. E a ampliação do que sei.

As lembranças por que clamo parecem ter-me sido arrancadas. Mas apenas parecem, pois lembranças não podem ser arrancadas; podem, quando muito, ser ocultadas. E essa ocultação se dá pelo preenchimento de outras lembranças que as encobrem.

A palavra, a imagem, o som e o aroma por que busco estão encobertos por palavras, imagens, sons e aromas que invadem meu ser, tendo sido convidados a nele penetrarem já não sei mais quando. Mas essa visita já alongou-se por demais. É hora de encerrar o festim e arrumar a casa. É preciso retirar os pertences dos visitantes para que possa encontrar os meus próprios; mas não os pertences acessórios, e sim aqueles que formam a própria casa e dela fazem parte, intrinsecamente. É preciso varrer o chão para ver novamente sua cor. É preciso sentir novamente o ar original da casa, livre dos perfumes que dela não fazem parte. É preciso restaurá-la.

Quando minha língua fala, já não é mais minha língua falando, mas a de um estranho há tanto amalgamado a mim que o tomo por mim mesmo. Mas, felizmente, meu ouvido me alerta ao estranhar-lhe a voz. E sou impelido a lançar o olhar sobre meu ser, e a buscar as respostas de cujas perguntas havia esquecido.

Meditar é preciso II

O turbilhão do dia-a-dia nos afasta de nós mesmos. Problemas, preocupações e mesmo momentos de descontração consomem nossa atenção, impedindo que nos voltemos para a parte mais profunda de nosso ser.

As situações cotidianas são vividas com a pressa imposta por uma rotina acelerada que parece ser a regra dos tempos modernos. Mas, como diz o adágio: a pressa é inimiga da perfeição. E, eu diria, é inimiga de muitas outras coisas mais, como a serenidade e a paz que nos levam a reflexões mais profundas e a conhecimentos mais perenes.

Assim, se o dia-a-dia nos ocupa mas não nos preenche, eu digo: meditar é preciso! É preciso reservar um tempo para nós mesmos, para ouvir a voz de nossas consciências, para rever e corrigir rumos e, sobretudo, para nos aproximarmos da plenitude de nosso ser.

Todos possuímos uma alma a ser desbravada. O “conhece-te a ti mesmo” deve ser o norte de nossas vidas se prezamos por significado e por uma consciência que seja propriamente nossa.

Por isso, insisto: a meditação, no sentido de afastarmos de nossas mentes os pensamentos rasos, de abrigarmos em nossos corações somente os sentimentos mais nobres e elevados e nada além deles e a disposição obstinada (serena, mas obstinada) de rasgar os véus que encobrem nossa consciência, deve ter lugar em nosso dia-a-dia. Precisamos reservar um tempo para meditarmos, a fim de que possamos atingir uma “consciência meditativa” durante os nossos dias.

Conhecemos muito, mas muito de pouco. O essencial, como disse Saint-Exupéry, é invisível aos olhos. E o invisível aos olhos é vastíssimo. Mas pouco tempo dedicamos a esse universo que nossos olhos não captam.

Fechar os olhos. Ouvir uma música tranquila e serena. Esquecer-se de todos os problemas. Respirar profunda e lentamente. Relaxar as tensões. Equilibrar as emoções. Contemplar belas paisagens, o céu azul, o colorido do crepúsculo, a vastidão do oceano. São todas essas pequenas atitudes que elevam nosso ser, que nos preenchem de paz. E, preenchidos de paz, estamos abastecidos do combustível que leva nossa consciência a pairar acima das situações cotidianas. Estamos abastecidos do combustível que pode levar nossos pensamentos para as estrelas e além delas. Assim, uma vez mais digo: meditar é preciso!

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ver também Meditar é preciso

Bons pensamentos trazem felicidade

Bons pensamentos trazem felicidade. Para ser feliz, basta ter bons pensamentos. Se, nesse exato momento, você não está feliz é porque seus pensamentos não estão bons e positivos. Para mudar isso, basta preencher sua mente com uma imagem agradável. Basta projetar um futuro que lhe agrade. Basta imaginar as pessoas que você gosta alegres e assim você também ficará, instantaneamente: alegre!

Experimente isso, funciona sempre. Troque uma preocupação, sempre que ela aparecer, pela visualização dessa situação que o preocupa já resolvida. Sinta agora como se ela já estivesse resolvida e confie que isso irá acontecer.

Projetando um futuro agradável você se direciona até ele. E, se no presente você está se direcionando ao futuro que almeja, isso significa que desde já você está fazendo o melhor que pode. E, se está fazendo isso, certamente está no caminho correto.

Troque preocupações por esperanças e em pouco tempo seu caminho será mais brilhante e bonito. A estrada de sua vida se tornará uma estrada agradável de ser percorrida e o levará aos mais belos destinos… Experimente isso!

A mágica dos bons sentimentos

Vamos falar um pouco sobre mágica, sobre a mágica dos bons sentimentos.

Respeito é um dos sentimentos mágicos, pois é capaz de levar à união aqueles que divergem. Afinal, respeitando aceitamos e, aceitando, convivemos com aquilo que não gostamos. Não é preciso concordar, nem tampouco brigar… basta respeitar! Se temos convicção de algo, basta que saibamos disso… podemos ser silenciosamente convictos, sem precisar impor aquilo que acreditamos ser correto. Aliás, parece que ao afirmar aos gritos aquilo que acreditamos, queremos convencer não aquele que nos ouve, mas a nós mesmos de que temos razão.

Admiração também é mágica. Admirando uma atitude, algo ou alguém emanamos algo de bom que há em nós. Isso pode se manifestar com um elogio, um sorriso, um aceno com a cabeça ou a simples alegria em nosso coração ao ver em outros algo que nos agrada.  É a humildade ao reconhecer grandes e nobres atitudes. É o deslumbre com uma bela paisagem. É ficar feliz ao ver alguém progredindo, de bem com a vida e obtendo sucesso. É o oposto da inveja, que é um sentimento feio e que gera desunião. A admiração, assim como o respeito, une. Seus opostos separam.

São esses sentimentos mágicos que fazem de nossos dias mais aprazíveis, de nossas amizades laços mais fortes, de nossos amores mais verdadeiros.

Além desses há tantos outros sobre os quais há tanto o que se falar… Amor… Paz… Alegria… Harmonia… Lealdade… Bondade… mas, mais do que falar sobre eles, precisamos senti-los, compreendê-los e, quando isso tiver ocorrido, transbordá-los em nossas atitudes… Aí teremos (re)descoberto o segredo da mais mágica das mágicas… a mágica de sermos quem nascemos para ser!

 

Conhece-te a ti mesmo

– De onde vem a luz que nos acorda todos os dias e que nos permite ver as cores de tudo o que vemos, mestre?

– É o Sol que nos presenteia com seus raios que aquecem e iluminam, meu jovem. Um sol que paira em meio ao universo e em torno do qual o planeta em que vivemos gravita.

– Que é o Sol que nasce e se põe todos os dias, aquecendo e iluminando a vida na Terra enquanto trabalha?

– É uma estrela como tantas outras. Uma estrela que para nós é fonte de vida; e, para aqueles que habitam mundos distantes, não passa de um ponto brilhante no firmamento em meio a tantos outros.

– E que são as estrelas?

– São grandes diamantes que espargem brilho, assim como o nosso sol. Mas, deixe-me perguntá-lo algo, caro jovem.

– Pois não. Ficarei feliz em respondê-lo, se souber.

– A pergunta que vou lhe fazer não é uma pergunta feita para ser respondida. Ao menos não para mim. E não sem que antes seja empreendida toda a reflexão de que alguém é capaz. É uma pergunta que, se respondida, trará a resposta para todas as demais.

– E que pergunta será esta?

– Perguntaste que é a luz do Sol; e ainda o que ele próprio representa. Perguntaste que são as estrelas, e poderia perguntar que é o universo e ainda que são cada uma das coisas nele contidas. Poderia perguntar sobre tudo, obter resposta e continuar sem saber de nada. Podemos conhecer tudo, mas, se não conhecermos a nós mesmos, não conhecemos nada.

Um olhar curioso como o seu pede incessantemente por respostas, e isso é bom. Mas respostas levam a mais perguntas e, se não sabemos o que realmente queremos saber, acabamos por nos perder satisfazendo curiosidades vazias, esquecendo-nos daquilo que mais importa e presos num infinito emaranhado de indagações.

Tudo aquilo que aceitamos como verdadeiro, só é assim concebido depois de passar pelos filtros de nossa percepção. E esses filtros frequentemente nos levam a conclusões equivocadas das coisas tal como elas são. O mundo que habitamos, como você sabe, é um mundo repleto de ilusões. E, deste modo, facilmente nos enganamos. Algumas dessas ilusões são tão falsas como convincentes e, sendo assim, quanto mais enganados estamos, também mais convictos de estarmos certos nos tornamos.

Para ver a tudo com o olhar da realidade, você deve libertar-se dos filtros que o impedem de ver as coisas como elas são. E, lhe garanto, a verdade real das coisas é muito diferente daquilo que imagina. Quando livrar-se do filtro que molda sua visão do mundo, tudo adquirirá  outro significado. Verá tudo diferente. E essa visão, despojada da máscara da ilusão, será a mais cristalina que já teve. Conhecer a si mesmo é a chave para o conhecimento de todo o universo. Conheça seu eu real e terá se livrado dos filtros ilusórios de que falei.

Assim, a pergunta que lhe faço é simples: Quem é você?

(Postado originalmente em 20 de outubro de 2011)

A mágica da Paz

Subitamente, todos os sons tornaram-se um só: o som de um burburinho distante. As vozes, os risos, os ruídos dos objetos, o som dos veículos, tudo convertera-se nisto: um simples e único burburinho. E esse som único, em seguida, tornara-se silêncio. Mas não um silêncio vazio. Um silêncio preenchido de paz.

Quando tudo à volta havia deixado de chamar-lhe a atenção, voltara-se para si mesmo. E, dentro de sua alma, encontrara a paz.

Seguido ao momento de introspecção, voltou novamente o olhar para seu redor. E, como num passe de mágica, a paz que sentira havia ajustado sua visão. As cores tornaram-se outras: mais vivas e belas. As paisagens também haviam mudado: o céu ficou mais azul, a relva mais brilhante e as flores mais vistosas. As pessoas, igualmente, ficaram mais bonitas também: percebia nelas sorrisos agradáveis, gestos de bondade e a beleza da simplicidade.

Ver as coisas por esse prisma aumentava ainda mais a Paz que sentia. Tudo lhe parecia cada vez mais belo. Ao contemplar a beleza e experimentar a Paz, era naturalmente impelido a compartilhar beleza e paz: a beleza e a paz que carrega um sorriso gentil, a beleza e a paz que carrega o silêncio de um ouvinte paciente, a beleza e a paz que carrega um ato de doação.

Tudo era como sempre havia sido, mas nada mais era o mesmo. E isso, graças à mágica da Paz.