Era fim de tarde de um rigoroso inverno nas montanhas do Himalaia; o frio era intenso e uma tênue neve caía, ainda assim, era possível ver alguns raios de sol atravessando a atmosfera.
De dentro de uma das várias cavernas existentes na região, sai o Monge, agasalhado com seu espesso manto. Após inspirar profundamente o ar frio, porém agradável, o Monge pôs-se a contemplar o vasto horizonte e o agradável silêncio. Sentou-se com as pernas cruzadas, uniu suas mãos em frente ao plexo solar e entrou em estado de grande introspecção.
Habituado a meditar, pensamentos desconexos sequer chegaram à sua mente e imediatamente alcançou um estágio de profunda paz interior.
Depois de um longo tempo de silêncio, grandes idéias foram surgindo em sua mente. Questões antes sem explicação passaram a ganhar sentido, límpido e claro.
Uma sensação de bem-estar indescritível começou a crescer dentro do Monge; um leve sorriso formou-se em sua face, que passou a irradiar serenidade com sua expressão pacífica e elevada.
Mais uma vitória fora alcançada; um pequeno degrau em direção a uma consciência diferenciada e um pouco mais sublime fora atingido.