Considerar os porquês que influem em nossas vidas, voltar-nos um pouco para o aconchego de nós mesmos, refletirmos sobre acontecimentos que defluem automaticamente, buscar as causas mais profundas de cada situação são atitudes que levam a uma vida mais consciente.
Levam-nos, por vezes, a perguntas irrespondíveis. Mas a busca por consciência já é em si uma atitude consciente. O caminho da espiritualidade é um percurso eterno em que o fim de uma etapa é o início de outra. Por isso esse deve ser um caminhar despretensioso, sem que o trilhemos para atingir uma finalidade específica, mas que percorramos as sendas espirituais simplesmente porque, de algum modo, sabemos ser esse o caminho mais repleto de sentido e também o mais verdadeiro.
Estarmos dispostos a começar tudo de novo tantas vezes quanto necessário, a revermos nossa forma de ver o mundo, despojarmo-nos de velhas concepções profundamente arraigadas, estarmos prontos para esquecer o passado que não contribui para que o presente seja erigido à maneira que queremos são posturas internas que devem ser inequívocas na alma daqueles que buscam consciência em suas vidas.
Meditar em profundidade e, sobretudo, com honestidade é preciso. Um mergulho profundo, obstinado e sincero em direção a nós mesmos é capaz de romper as cascas que nos impedem de ver quem realmente somos. Leva-nos àquilo que devemos ser; transforma-nos naquilo que nascemos para ser: simplesmente nós mesmos, em plenitude, despojados de tudo que não seja harmônico, pacífico, belo, justo, correto e permeado pelo verdadeiro amor.