Gratidão II

Um simples ‘muito obrigado’ é eloquente quando provém do coração. É árido, contudo, quando se trata de um gesto mecânico – aquela polidez robótica.

A verdadeira gratidão arrebata em êxtase, enleva e ajusta a perspectiva, reduzindo o tamanho daquilo que é espinhoso – à medida que amplia o que há de luminoso.

É claro que é essa uma experiência singular, que não pode ser vivida diariamente, sob pena de tornar-se vulgar. Carregada na memória da alma, no entanto, pode ser replicada em doses menores nas situações cotidianas.

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