Espiritualidade prática 3

Concluídos os ciclos dos dois posts anteriores, há um terceiro para que essa sequência de exercícios esteja completa.

Recapitulando:

No primeiro passo você ficou por um mês praticando sistematicamente a meditação, a oração ou então a visualização/mentalização que o eleve, procurando recordar de suas vivências noturnas, buscando por sua consciência, agindo gentil e altruisticamente, bem como fazendo autoavaliações.

No segundo passo, além das práticas do primeiro, você ficou por uma semana sem reclamar de nada nem falar mal de ninguém.

O terceiro passo é o mais difícil de todos, mas basta que você se mantenha nele com afinco por apenas um dia. Nessa etapa, o que você precisa, além de manter os hábitos anteriores, é:

1)      Não ter nenhum pensamento ou sentimento de reclamação. Aqui, deixar de externar uma reclamação não é o suficiente. Obviamente, não há como percorrer a terceira etapa sem passar pela segunda. Você precisa estar atento e consciente de cada ato silencioso seu. É preciso o domínio de si mesmo e estar preenchido de bons sentimentos. Lembre-se: se você sequer pensar, ainda que por um milésimo de segundo, em alguma reclamação, essa etapa não estará concluída.

2)      Não ter nenhum pensamento ou sentimento negativo em relação a ninguém. O trabalho interno aqui é grande. Seu foco deve estar mantido na consciência espiritual. A chama do amor e da compreensão deve estar acesa em seu coração. O desafio vale para cada segundo do seu dia.

Um único dia que você passe por essa experiência irá mudar a sua vida. A espiritualidade deixará de ser algo abstrato e se fará presente dentro de você. Uma Paz jamais imaginada impregnará todo o seu ser. O bem-estar que você irá experimentar não cabe em palavras.

Seria ótimo se fosse possível simplesmente “colocar” esse sentimento dentro de alguém. Se cada pessoa no mundo tivesse experimentado por um segundo que fosse a paz de espírito alcançada com essa experiência, certamente a maior parte dos problemas da humanidade estaria resolvida. Não haveria mais guerras e fome, dentre outras mazelas.

Experienciar novamente a sensação vivida durante esse mágico segundo seria um objetivo a ser constantemente perseguido, e as tolices diárias seriam deixadas de lado.

Mas isso é algo que só pode ser atingido mediante o trabalho interno de cada um. E a força de vontade para se empenhar nesse trabalho deve brotar a partir do livre-arbítrio. Não podemos impor a ninguém que percorra esse caminhar espiritual. Não temos o direito de sequer esperar de alguém que percorra essa trilha. Devemos ter, sempre, respeito e compreensão.

Sempre temos a chance de estarmos enganados, mas para concluir esse exercício não podemos nos autoenganar. Não podemos nos iludir. É preciso que façamos a autoavaliação mais rigorosa de nossas vidas. Precisamos vasculhar cada recôndito de nossas almas e ver se nele estava escondido algum pensamento ou sentimento negativo. Precisamos abrir portas que estiveram fechadas por eras.

Quando fizermos isso teremos rompido um padrão multimilenar a que nossas almas se condicionaram, vida após vida. E, uma vez rompido esse padrão, olharemos a tudo com um novo olhar, sentiremos a tudo com um novo sentir. Teremos experimentado o que é viver a espiritualidade.

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