A cada sentimento que pulsa dentro de nós, entramos em sintonia com uma determinada fonte de energia. Se sentimos amor, nos sintonizamos com a fonte infinita e inesgotável desse sentimento. Se o que sentimos é raiva, igualmente entramos na sintonia vibratória dessa emoção.
E cada sentimento – seja ele paz, amor, compaixão, compreensão, alegria, ou mesmo raiva, desânimo e tristeza – faz parte de uma fonte energética de uma magnitude incomensurável.
Assim, se o sentimento de desânimo, por exemplo, toma conta de nós, estamos submetidos a um potencial energético que é infinitamente maior do que o nosso próprio potencial. Isto é, nos tornamos engolfados por uma quantidade de energia que é muito maior do que a quantidade de energia do nosso ser.
Isso pode parecer assustador, mas, quando compreendido um pouco mais esse processo energético, vemos que não é. Muito pelo contrário.
Quando amamos verdadeiramente, a fonte do amor jorra sobre nós e perpassa cada molécula do nosso ser. E isso nos conecta a algo colossal, capaz de nos elevar acima de qualquer empecilho mundano, alterando a perspectiva com que enxergamos as coisas.
Os sentimentos negativos nos oprimem; os sentimentos positivos nos elevam.
Ao sentir uma emoção negativa, ficamos circunscritos dentro de nós mesmos. Ficamos fechados. Ao sentir uma emoção positiva, expandimos nossa consciência para além do nosso universo interior. Abrimo-nos para o infinito e eterno.
Essa é uma regra geral, mas que se aplica a toda situação particular, a cada instante. A todo o momento estamos nos conectando a alguma coisa. A todo o momento estamos criando laços energéticos.
Ao pensarmos em alguém, nos conectamos a esta pessoa. Ao compactuarmos, ainda que silenciosamente, com algo que não concordamos, entramos em sintonia com essa energia que é contrária àquilo que acreditamos. E isso gera um conflito interno. Gera um torvelinho energético, pois abrigamos dentro de nós, a um só tempo, energias conflitantes entre si.
Se lemos uma notícia que nos revolta, entramos em sintonia com toda a revolta daqueles que leram a mesma notícia e sentiram a mesma coisa.
Diante disso tudo, fica evidente a importância de direcionarmos nossa sintonia para a frequência a que almejamos estar conectados. Podemos viver com um olhar cabisbaixo ou viver a divisar o céu e as estrelas. Podemos viver imersos em dificuldades ou expandirmos nosso olhar para além delas, enxergando soluções e agindo em prol de alcançá-las.
Cada um é livre para fazer suas escolhas. Mas, para que as escolhas sejam feitas, é preciso um mínimo de consciência desse processo. Sem essa consciência, somos arrastados pelas circunstâncias, não percebendo nossa liberdade de escolha e capacidade de direcionamento. Quando conscientes desse processo, por sua vez, quem sabe qual é o limite que nossas almas podem atingir?