A culpa é um sentimento que deve ser eliminado de dentro daquele que decide percorrer o caminho rumo ao desenvolvimento espiritual. A culpa paralisa, leva à estagnação. E isso é o oposto do que se almeja ao percorrer as sendas da alma.
O erro faz parte do processo evolutivo. Não é possível crer que alguém passe incólume aos desafios que a vida apresenta. Todos erramos, e não há qualquer problema nisso.
Para darmos passos à frente na trilha evolutiva, precisamos converter erros em aprendizado, não em culpa.
À medida que nossa consciência evolui passamos a perceber os pontos em que repetidamente erramos, ano após ano, vida após vida. E quando verdadeiramente temos consciência de nossos erros, superamo-los e agregamos novos aprendizados ao nosso acervo de experiências.
Repito: errar, todos erramos. E continuaremos errando por um bom tempo. Assim, ter consciência de um erro não é motivo para sentir-se culpado. Muito pelo contrário: quando conscientes de um erro é que podemos mudar, evoluir. E isso não é bom?
O que não podemos, é claro, é repetir sempre os mesmos erros. Devemos buscar sempre errar erros novos.
Aquele que não erra, dificilmente evolui. Isso pois provavelmente está estagnado numa determinada zona de conforto, preso a padrões repetidos de pensamento.
Mas não se sentir culpado é muito diferente de não assumir responsabilidades. Todos somos responsáveis por nossas ações. A questão é que a culpa em si em nada ajuda, seja para reparar um erro ou para não cometê-lo novamente. A consciência e a responsabilidade sim é que devem estar sempre presentes. A culpa, jamais.
A culpa é uma espécie de auto martírio. E isso nada resolve.
Se erramos e nos sentimos culpados por isso, então erramos duplamente. Primeiro pelo erro em si; depois, pela própria culpa, que também é um erro no sentido em que nos afasta do caminho evolutivo.
Errou? Siga adiante!