Os cinco sentidos nos remetem ao universo exterior sensorial. São o ferramental de que dispomos para percebê-lo (isto é, fatiá-lo em pequenos pedaços para que sejamos capazes de absorvê-lo). Nossa mente o codifica, interpreta. Aquilo que remanesce em nós depois da percepção inicial e da subsequente interpretação, nada mais é do que uma nova percepção indireta – isto é, trata-se da captação de uma nova fatia do universo, retirada do ambiente cru de que se originou e processada através da nossa mente.
Mas o universo sensorial é apenas uma pequena fatia do Universo que, por definição, abarca tudo – inclusive pensamentos, sentimentos e energias sutis.
Não podemos, como é óbvio, enxergar, ouvir, tatear, cheirar ou degustar pensamentos ou sentimentos. Disso depreende-se que os cinco sentidos básicos são insuficientes para que percebamos o Universo de modo minimamente satisfatório.
A chave para a compreensão do Universo sensível e inteligível é perscrutá-lo em seus aspectos materiais e espirituais. E, para isso, obviamente precisamos fazer uso, além dos sentidos básicos, das nossas faculdades espirituais.
Assim como o Universo possui dimensões físicas e espirituais, também isso ocorre conosco. Ver post “O que são chacras”, que relata sucintamente essa correspondência.
Como disse Teilhard de Chardin, “Não somos seres humanos vivendo uma experiência espiritual, somos seres espirituais vivendo uma experiência humana.”
Sob essa perspectiva ajustada das coisas, cabe nos perguntarmos o quanto conhecemos do alfabeto da Vida. Quem sabe decidimos começar a frequentar a pré-escola para, um dia, passarmos a distinguir significado naquilo que hoje é o vasto reino da nossa ignorância.