O ser humano é um ser espiritual. O que anima nosso corpo físico são nossos corpos sutis. Por mais que não tenhamos consciência plena desse processo, é assim que as coisas são. E, para que tenhamos consciência de como esse processo funciona, basta que estudemos e nos dediquemos a isso.
Todos carregamos um potencial divino dentro de nós, sendo, pois, capazes de trazer à tona essa potência inata e latente em nosso ser. Apesar de sermos iguais em potência, cada qual de nós foi agraciado com uma personalidade individual, fruto de nossas escolhas.
Dessa miríade sucessiva e ininterrupta de escolhas é que formamos nosso caráter e nosso ego. Se todos trazemos o potencial de fazer brilhar a luz que portamos em germe, o que nos diferencia uns dos outros? As já mencionadas escolhas abrem-nos um sem-número de caminhos distintos diante de nós. E cada qual desses múltiplos caminhos abrem-nos outros tantos, numa cadeia infindável de consequências que recaem, antes de tudo, sobre nós mesmos.
O caminho evolutivo, ascendente, é a regra geral. Assim, mesmo inconscientes das leis espirituais, tendemos a evoluir. Isso, pois tendemos a aprender com nossos erros – ainda que para isso tenhamos que repeti-los uma série de vezes. E aí está um ponto chave: cometemos por diversas vezes os mesmos erros antes de transmutá-los em aprendizado. Em outras palavras: estamos, via de regra, num caminho evolutivo; esse caminhar, porém, pode ser muitíssimo lento, a depender do grau de consciência com que traçamos nossas passadas.
Sendo nós seres espirituais e sendo essa uma realidade incontornável, caminhar pela vida sem consciência desse fato é caminhar às cegas, tateando às apalpadelas um caminho que se faz nebuloso e obscuro, mas que não precisa necessariamente ser assim. Por certo esse não é o modo mais rápido de ascendermos, acendendo a luz que carregamos em germe em nossa alma. A luz capaz de iluminar esse caminho é a luz espiritual, que brota naturalmente quando tomamos consciência dessa realidade transcendente, a de que somos uma alma imortal numa experiência carnal em busca de aprendizado.
A cada vida terrena nos tornamos um pouquinho melhores, embora às vezes esse pouquinho seja realmente pouco, quase imperceptível. Lembrando que essa é uma regra, para a qual existem exceções. É bom lembrar, ainda, que em todas as vidas terrenas, apesar das alegrias, prazeres e bem-aventuranças, carregamos sempre algumas dores, decepções, doenças, dentre outros males que não existem em planos mais elevados de existência. E atingir esses planos mais elevados é o destino geral de todos nós, quando prontos para isso. Esse é o despertar da luz interna que portamos.
Mas, como já dito, isso pode levar muito, muito, muito tempo. Daí a importância da consciência espiritual. Caminhando cientes das Leis e em harmonia com elas, aceleramos e muito esse processo de aprendizado, não só o nosso, mas também o daqueles que nos rodeiam. Um dia, todos chegaremos lá. Meus votos são os de que cheguemos o quanto antes.