Se você está afundando no oceano, uma boia lançada pode ajudá-lo a voltar à superfície. Se você está em desespero, se debatendo, sem domínio sobre si mesmo e os seus movimentos (que, quando controlados, podem lhe fazer nadar e, sozinho, emergir à superfície), ao lançarem-lhe uma boia estarão o ajudando a retornar à luz da superfície.
Assim ocorre com muitas religiões e sistemas de crenças variados. Se você está perdido e sem rumo (se debatendo em meio ao oceano revolto), através de certas crenças você pode encontrar algum equilíbrio que cesse o descontrole de si (você pode voltar à superfície e respirar).
Certamente não queremos ficar imersos na escuridão de um gélido oceano. Mas pergunto: basta-nos permanecer presos à superfície?
Somos almas livres e como tal podemos voar.
Se para aquele que está imerso se afogando a boia é um auxílio tremendo, para aquele que almeja voar ela é um empecilho, semelhante a uma âncora.
Desse modo, para voarmos temos de nos libertar. E isso significa livrar-se de crenças há muito arraigadas, mas que não fazem parte de nossas almas.