Laços eternos

Existem laços que são eternos, e nada, nem mesmo o tempo ou a distância podem acabar com eles; nem mesmo podem enfraquecê-los. Ao contrário, a distância é capaz de aproximar as pessoas.

Quando as circunstâncias nos obrigam a estar longe de quem amamos, a falta que essas pessoas fazem nos mostra o quanto são importantes. E isso só fortalece o amor que sentimos.

Uma chama que jamais deve deixar de queimar em nosso peito passa a arder cada vez mais e mais intensamente. E isso é o amor.

A saudade de quem amamos e a vontade de estarmos juntos novamente, unidas à certeza de que isso irá acontecer, quebram o muro protetor de nosso coração.

Muro esse que nos impedia chorar, cair em prantos mesmo e ter as emoções dilaceradas.

Mas de que vale um coração que não é capaz de se emocionar? De que vale um coração que não é capaz de provocar lágrimas de saudade?

Quando esse muro desmorona, choramos, e choramos muito. Mas esse choro reaviva aquilo que de melhor sentimos: o amor.

E o amor é uma força incrível, capaz de nos impelir ao que quer que seja para fazer o bem àqueles que amamos.

Nem mesmo o tempo de vidas e mais vidas é capaz de enfraquecer o amor. E nem tampouco a maior das distâncias é capaz de fazê-lo.

Laços eternos perpassam vidas e vidas, fortalecendo-se a cada uma delas. Formam uma união inquebrantável, selada por um sentimento: novamente, o amor.

 

O Poeta

Texto de Khalil Gibran, extraído do livro Temporais:

O Poeta

Sou um estrangeiro neste mundo.

Sou um estrangeiro, e há na vida do estrangeiro uma solidão pesada e um isolamento doloroso. Sou assim levado a pensar sempre numa pátria encantada que não conheço, e a sonhar com os sortilégios de uma terra longínqua que nunca visitei.

Sou um estrangeiro para minha alma. Quando minha língua fala, meu ouvido estranha-lhe a voz. Quando meu Eu interior ri ou chora, ou se entusiasma, ou treme, meu outro Eu estranha o que ouve e vê, e minha alma interroga minha alma. Mas permaneço desconhecido e oculto, velado pelo nevoeiro, envolto no silêncio.

Sou um estrangeiro para o meu corpo. Todas as vezes que me olho num espelho, vejo no meu rosto algo que minha alma não sente, e percebo nos meus olhos algo que minhas profundezas não reconhecem.

Quando caminho nas ruas da cidade, os meninos me seguem gritando: “Eis o cego, demos-lhe um cajado que o ajude.” Fujo deles. Mas encontro outro grupo de moças que me seguram pelas abas da roupa, dizendo: “É surdo como a pedra. Enchamos seus ouvidos com canções de amor e desejo.” Deixo-as correndo. Depois, encontro um grupo de homens que me cercam, dizendo: “É mudo como um túmulo, vamos endireitar-lhe a língua.” Fujo deles com medo. E encontro um grupo de anciãos que apontam para mim com dedos trêmulos, dizendo: “É um louco que perdeu a razão ao freqüentar as fadas e os feiticeiros.”

Sou um estrangeiro neste mundo.

Sou um estrangeiro e já percorri o mundo do Oriente ao Ocidente sem encontrar minha terra natal, nem quem me conheça ou se lembre de mim.

Acordo pela manhã, e acho-me prisioneiro num antro escuro, freqüentado por cobras e insetos. Se sair à luz, a sombra de meu corpo me segue, e as sombras de minha alma me precedem, levando-me aonde não sei, oferecendo-me coisas de que não preciso, procurando algo que não entendo. E quando chega a noite, volto para a casa e deito-me numa cama feita de plumas de avestruz e de espinhos dos campos.

Idéias estranhas atormentam minha mente, e inclinações diversas, perturbadoras, alegres, dolorosas, agradáveis. À meia-noite, assaltam-me fantasmas de tempos idos. E almas de nações esquecidas me fitam. Interrogo-as, recebendo por toda resposta um sorriso. Quando procuro segura-las, fogem de mim e desvanecem-se como fumaça.

Sou um estrangeiro neste mundo.

Sou um estrangeiro e não há no mundo quem conheça uma única palavra do idioma de minha alma…

Caminho na selva inabitada e vejo os rios correrem e subirem do fundo dos vales ao cume das montanhas. E vejo as árvores desnudas se cobrirem de folhas num só minuto. Depois, suas ramas caem no chão e se transformam em cobras pintalgadas.

E as aves do céu voam, pousam, cantam, gorgeiam e depois param, abrem as asas e viram mulheres nuas, de cabelos soltos e pescoços esticados. E olham para mim com paixão e sorriem com sensualidade. E estendem suas mãos brancas e perfumadas. Mas, de repente, estremecem e somem como nuvens, deixando o eco de risos irônicos.

Sou um estrangeiro neste mundo.

Sou um poeta que põe em prosa o que a vida põe em versos, e em versos o que a vida põe em prosa. Por isto, permanecerei um estrangeiro até que a morte me rapte e me leve para minha pátria.

 


 

O poder das palavras e dos pensamentos (em imagens!)

Um pesquisador japonês chamado Dr. Masaru Emoto é responsável por um feito notório: a captação em imagens da influência das palavras e sentimentos em nossas vidas.

O estudo por ele realizado consiste em tirar fotos microscópicas de cristais d’água congelados. As imagens de cada cristal são diferentes, variando de acordo com o estímulo a que são expostos.

Cristais d’água de fontes naturais diversas, em geral, são disformes. Já quando uma prece é realizada em frente a essa fonte, os cristais d’água adquirem uma forma bonita e harmoniosa.

Quando palavras negativas e ofensivas são vociferadas em frente a frascos contendo água, as fotografias resultantes são notadamente feias e sem harmonia. O mesmo ocorre quando um simples rótulo com palavras desse tipo é colocado na garrafa.

Ao contrário, quando palavras positivas tais como amor, gentileza, paz e esperança são utilizadas, o resultado são figuras de muita beleza.

Posicione o mouse sobre a figura para ver a que palavra ou expressão ela se refere.



 

Referências e imagens:

http://www.hado-energy.com

http://www.hadousa.com/

Não se acostume

Existem certas coisas a que jamais devemos nos acostumar.

Quando nossos pensamentos se confinam a ideias pequenas, nos tornamos menores.

Se nossos corações embrutecem e perdem a capacidade de sentir e se emocionar, diminuímos com eles.

Se nos acostumamos a errar e não pedir perdão, igualmente saímos dessa menores.

Se nos acostumamos a não buscar o melhor de nós mesmos porque as pessoas ao nosso redor não buscam, quem perde somos nós.

Quando nos acostumamos a uma vida morna, ela perde em intensidade e se torna menos viva.

Quando deixamos de acreditar em nossos sonhos, a realidade torna-se árida.

Se o mundo que nos cerca não é como gostaríamos que fosse, não devemos nos acostumar a isso.

Devemos buscar, ainda que essa busca retorne ao início muitas vezes, fazer nosso mundo aproximar-se cada vez mais de um mundo ideal.

E o nosso mundo não é um planeta inteiro, e sim nosso vasto universo interior, e também o daqueles que conosco convivem; de nossas cercanias.

Nossas atitudes devem ser niveladas por aquilo que podemos sonhar, e não por aquilo que já é um costume eterno.

 

Das galáxias aos quarks

Algumas imagens valem mais do que palavras.

E as imagens do vídeo abaixo são interessantes e vale a pena que sejam vistas.

É uma viagem tanto “para cima” como “para baixo”.

Começando com uma imagem a 1 m de distância (10 0 metros), e chegando à distância de 10.000.000 de anos-luz (10 23 metros) – nesse nível, as galáxias são vistas como pequenos aglomerados -, tem-se a viagem “para cima”.

A viagem para baixo vai a 100 attometros (10 -16 metros) – nível dos quarks.

Qual o nosso legado?

Que lembranças as pessoas que já cruzaram nossas vidas têm de nós? Que sentimentos lhes vêm ao coração quando nossa imagem lhes chega à mente? Que emoção despertamos ao nos aproximar daqueles com quem convivemos?

Que legado deixamos até o momento, e qual iremos deixar até o fim de nossas vidas?

Proponho que cada um de nós se empenhe em deixar um rastro de alegria e boas lembranças por onde quer que passe, na memória daqueles com que se depare.

Proponho que cada um de nós espalhe sorrisos, que cada um estimule o brilho no olhar daqueles com que convive.

Que cada um de nós saiba ver o que há de melhor nas pessoas que nos rodeiam.

Que possamos enxergar suas qualidades e admirá-las. E vibrar com elas. E fazer-lhes lembrar sempre que as virtudes existem para ser espalhadas,  para tornar as coisas ao redor melhores.

Que sempre tenhamos a generosidade de estender a mão, de dar um abraço amigo, um beijo carinhoso.

Que tenhamos em nossas atitudes vida, força, coragem, honradez, dignidade.

Que a busca pelo que é certo norteie nosso caminho.

Que haja sempre uma chama inflamando nossos peitos, lembrando que estamos vivos, e que a vida é um mistério a ser desvendado.

Que haja sempre Paz, Amor, Bondade, Justiça e Lealdade nas trilhas por onde passemos.

Essência

“Nada posso lhe dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma. Nada posso lhe dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível seu próprio mundo e isso é tudo.” (Herman Hesse)

Tão profundo quanto verdadeiro esse pensamento.

Não podemos mudar as pessoas ao nosso redor. Não podemos torná-las diferentes do que são. Não podemos mudar nós próprios aquilo que somos em essência.

Podemos, contudo, trazer à tona aquilo que já existe em nós (e que encontra-se adormecido). E o mesmo podemos fazer com nossos pares: ajudar-lhes a terem consciência de si mesmos, daquilo que já são.

Devemos procurar nosso próprio desenvolvimento; e, se possível, o daqueles que nos cercam. Isso no sentido próprio da palavra, isto é,  no sentido de remover aquilo que envolve, de retirar a camada que impede que enxerguemos a nós mesmos, e que sejamos capazes de ver nosso próprio mundo – nossa alma.

(Mais) um pouco sobre a felicidade

Em nossas vidas, a felicidade nunca é plena, mas pode ser cada vez mais e mais intensa; cada vez mais e mais frequente.

É um estágio que é decorrente de outro anterior. A felicidade é decorrência de conquistas e superações (v. Um pouco sobre a felicidade). Surge quando fazemos o nosso melhor diante de cada situação.

E fazer o melhor diante de cada situação é agir com plenitude. É não se prostrar diante de dificuldades. É encarar cada obstáculo com a confiança e certeza de que iremos superá-los; e, na impossibilidade de superá-los, é termos a certeza de que fizemos tudo o que podíamos ter feito.

Uma vida de realizações somente pode ser uma vida de batalhas intensas, pois as coisas que mais valem a pena são conquistadas com esforço e dedicação. E a consumação dessa atitude é a felicidade.

Para se ter mais e mais felicidade é preciso, depois de cada conquista, mirar objetivos maiores, que requeiram mais esforço para o seu alcance. É preciso ter sempre diante de si um novo desafio, e a convicção inabalável de que ele será vencido.

A felicidade não é um objetivo a ser perseguido, mas a congratulação por termos atingido nossos objetivos.

Àqueles que buscam

Àqueles que buscam, digo: não deixem de buscar.

Àqueles que, por um segundo em suas vidas, sonharam com um lugar além do horizonte, digo: além do horizonte existe tudo o que podem sonhar, e muito mais.

Àqueles que já encontraram, digo: continuem buscando.

Àqueles que, ao longo da vida, adquiriram muitas certezas, digo: ponham essas certezas em dúvida, e busquem verdades maiores.

Àqueles que procuram, uma certeza: para cada anseio existem muitas respostas, mas só uma delas é a verdadeira.

Àqueles que não acreditam, digo: se é possível sonhar, é também possível fazer acontecer.