Bem-vindo ao novo

Mesmo a mais cristalina verdade é impedida de penetrar numa mente que não queira acolhê-la. Por mais clara e irrefutável que seja, a verdade é facilmente negada por quem não queira dela tomar conhecimento.

Daí a importância de nos permitirmos acreditar, de mantermos nossas mentes e corações abertos, prontos para assimilar o novo.

A vida é repleta de sinais esperando para serem interpretados. Cheia de enigmas feitos para serem descobertos. Para compreendê-los, basta nos permitirmos acreditar que são reais e empenhar esforços para resolvê-los.

Devemos acrescentar intuição ao nosso pensar, ampliar a percepção dos sentidos, enfim, aumentar nossa consciência. Precisamos de um novo olhar, capaz de enxergar o que até então não fomos capazes de ver. Um olhar que não distingua sonho de realidade, pois tudo que é possível em sonho é também possível em realidade.

Voo de liberdade

Olho ao redor, e mesmo para mim próprio, e vejo prisões eternas confinando as pessoas em seus medos, dúvidas e angústias. De tão arraigados, esses sentimentos são vistos como normais, como se fizessem parte da natureza humana e deles não pudéssemos nos livrar.

Mas eles não são normais, e não fazem parte de nós, a menos que permitamos que eles nos guiem.

Mais tarde postarei um vídeo de pessoas sem vestígio algum de medo, donas de si mesmas. Por enquanto, ficam as palavras.

Palavras que uso para dizer que sim, que é possível expulsarmos de nós mesmos todo e qualquer sentimento que não quisermos em nossas vidas. Basta, para isso, que alcemos um voo liberdade. Que nos reconheçamos como arquitetos de nosso próprio destino. Que percebamos que somos livres para escolher como agir, pensar e sentir diante de cada situação.

E essa liberdade, quando realmente vivenciada, possui a força de quebrar as correntes do medo e de qualquer outra amarra que aprisione.

O pensar livre impulsiona nossa mente para paragens distantes. Faz com que desbravemos o desconhecido e passemos a compreendê-lo.

O sentir com liberdade expulsa de nossos corações tudo que lhes oprime. Faz com que não reste lugar para angústias, ansiedade, medo e dúvidas. Somente havendo espaço para esperança, paz, coragem e confiança.

Agir livremente é agir em acordo com nossas diretrizes internas; em acordo com aquilo que nossa voz interior diz ser o certo, sem espaço para que essa certeza seja deturpada.

O voo de liberdade é a consciência cabal de que podemos ser o que quisermos ser, de que nada pode impedir que galguemos os passos que nos levam à plenitude de nós mesmos. É saber que não precisamos confinar nossas atitudes àquilo que se espera de nós, mas tão somente àquilo que é nosso dever realizar, com base na voz de nossa consciência.

É um momento mágico, em que todas as dificuldades caem por terra, em que sentimos em nós uma força até então adormecida capaz de nos impulsionar para onde tivermos de ir.

O verdadeiro sentimento de liberdade é percebido como a certeza de que todos os caminhos são possíveis e estão ao nosso alcance, mas é também reconhecer que só um deles é o correto. E esse é um caminho de espiritualidade, desapego, amor e altruísmo, em que deixamos de agir para nós mesmos, e nos voltamos para intenções maiores.

Nesse momento, nosso dever é claro e inequívoco. Sabemos para que nascemos e que somos livres para colocar em curso aquilo a que nos destinamos a fazer.

O olhar da Paz

Estava a contemplar o azul profundo do céu. O dia ensolarado e permeado por uma rara beleza. Os cantos afinados e harmoniosos dos pássaros eram o som de fundo que ecoava ao longe.

O olhar enlevado, fixo na imensidão celeste, absorvia a paz azul e inundava seu ser com o mais puro e extasiante bem-estar.

Preenchido de Paz, sua visão tornara-se clara. Os pensamentos sublimes e elevados; o coração impregnado do genuíno Amor.

Um estágio que transcende ao que as palavras podem exprimir; que leva a um olhar que tudo muda; que tudo suaviza.

Percebia que a Paz é um bálsamo que acalenta todas as angústias, suplanta todos os sofrimentos. E que ainda é mais: é a ponte que liga a estados diferenciados de consciência; que dá acesso a sentimentos mais puros e elevados.

Nesse estado, as coisas tolas do dia-a-dia esvaiam-se de sua consciência, que parecia aproximar-se naqueles instantes de um estágio em que deveria permanentemente estar.

Esse raro momento de uma Paz que jamais pudera pensar existir ficaria para sempre gravado em sua memória. Impregnado em seu coração.

E o que antes não se imaginava poder existir, passara a ser não um, mas o verdadeiro objetivo a ser alcançado.

Vivenciar a verdadeira Paz parecia ser uma conquista mais importante do que todas as outras pelas quais tantos se digladiam.

Um caminhar solitário e sem reconhecimento, mas não menos gratificante e recompensador.

Sendo nós mesmos

Cada um de nossos gestos, palavras e atitudes revela um pouco daquilo que somos. A forja da vida delineia nosso caráter, a depender de como reagimos diante de cada situação.

Muitos possuímos diretrizes internas que nos impelem a agir em conformidade com elas. Essas diretrizes possuem raízes profundas, as quais muitas vezes desconhecemos. Não sabemos por que, mas sabemos o que é o certo. Há uma voz interior que nos orienta se nos dispusermos a ouvi-la. Mas acontece que nem sempre damos ouvidos a ela, e agimos sem consciência de nossas atitudes, sem saber o porquê de determinada decisão ou o porquê de certas palavras terem saído de nossas bocas.

Para sermos nós mesmos, para conhecermos em profundidade nossa essência, é preciso dar ouvidos a essa voz, é preciso agir de forma condizente com o que ela nos diz. E, para isso, é preciso ouvi-la com clareza.

Temos de nos voltar para nós mesmos e nos afastar do turbilhão da vida cotidiana. Temos um vasto universo interior esperando para ser desbravado.

Apenas explorando a nós mesmos, analisando nossos sentimentos, pensamentos e intenções é que podemos dar início a essa jornada.

Quando imbuídos dessa atitude, é como se deixássemos de viver ao sabor dos ventos da vida; é como se içássemos vela e passássemos a ter controle de um navio antes à deriva.

Temos de ter consciência dos princípios que nos norteiam, sob pena de sermos regidos por consensos de época. Se temos clareza daquilo que somos, e agimos de acordo com isso, as adversidades só vêm a fortalecer nosso caráter. Já se não temos o mínimo conhecimento de nós mesmos, a vida não apenas delineia, mas define por completo aquilo que somos. Nos tornamos apenas mais um indivíduo num mar de pessoas.

Mas cada um de nós possui uma essência, uma personalidade formada previamente à vida atual. E precisamos recobrar a consciência dessa essência, daquilo que pulsa no âmago mais profundo do nosso ser, daquilo que os pensamentos do dia-a-dia expulsam da memória.

Nos perdemos em atitudes vazias, em pensamentos que não são pensamentos, mas a mera repetição não sabemos de quê.

Que nossos gestos, palavras e atitudes tenham significado, sendo reflexo daquilo que somos em essência; de nosso eu verdadeiro. Que deixemos de lado o mimetismo e que passemos a reger-nos a nós próprios. Que possamos recobrar a consciência daquilo que somos e ouvir a voz de nossas almas.

Vendo o invisível

O invisível faz parte de nossas vidas, e isso não há como negar.

Efeitos cujas causas ignoramos, existem aos montes. E as ignoramos, em grande parte, por não vê-las nem tampouco percebê-las de outra maneira.

O problema, porém, não está em ignorarmos as coisas invisíveis; ele começa quando negamos a possibilidade daquilo que não podemos ver.

A visão humana é extremamente restrita, compreendida apenas entre a faixa acima do infravermelho e abaixo do ultravioleta.

Outros animais enxergam aquilo que nossos olhos não veem.

Não faz sentido crermos somente naquilo que nossos olhos podem nos mostrar.

Os limites de nossa visão não podem ser ampliados (em princípio), mas as restrições às nossas consciências só se fazem presentes enquanto as aceitamos.

Há coisas que nossos olhos podem não ver, mas que nossas almas podem sentir.

Ouçamos a voz de nossas almas, e ampliemos nossas consciências.

Sejamos capazes de ver a vida na sua dimensão espiritual, voltar nossos olhares para o que há de eterno.

Que possamos ver o invisível aos olhos, mas perceptível com alma e coração.

Chegará o dia…

Chegará o dia que o destino retomará seu curso.

O dia em que os homens recobrarão a consciência de si mesmos.

Nesse dia, a Paz reinará e o Amor prevalecerá sobre toda desarmonia.

Quando isso acontecer, o inverno de nossas almas terá ficado para trás.

Não haverá um olhar sem brilho e um coração sem bondade.

Voltaremos a ser semeadores de alegria.

Espalharemos sorrisos, distribuiremos aconchego.

Seremos novamente nobres de espírito, ricos de bons sentimentos.

Chegará o dia…

Abrindo janelas

Esta é a história de pessoas que viveram e ainda vivem desde sempre num enorme e rico palácio. Um palácio realmente grande, do tamanho de uma cidade inteira. Nele, tudo que é preciso para viver existe em abundância. Alimentos, dos mais nutritivos aos mais saborosos. Vestes, das mais confortáveis às mais majestosas. Aposentos os mais aconchegantes. Lazeres os mais divertidos.

Há nele isso tudo e muito mais. Possui realmente tudo que alguém precisa para viver com conforto e alegria. Mas esse palácio tem também uma característica particular: não possui janelas. Nem janelas nem nenhuma outra abertura para o mundo exterior.

Mas, como todos que nele vivem o habitam desde sempre, isso nada tinha de incomum. Sequer podiam imaginar como era o mundo fora dali. Aliás, a grande maioria jamais pensara poder haver algo além desse palácio. E, os poucos que cogitavam dessa hipótese, possuíam  uma noção que não passava de pálidas conjecturas sobre como esse mundo seria.

Um dia, porém, numa sala restrita desse palácio, formaram-se finas rachaduras nas paredes. Muito finas, mas o suficiente para que por elas penetrasse uma estranha luminosidade. Uma luz ainda pálida, mas diferente de tudo que já fora visto.

Entre os poucos que chegaram a ver essa estranha luz, a reação predominante foi de medo e assombro. Optaram por vedar a área de acesso à sala. E reforçaram a estrutura da porta de entrada, lacrando-a completamente. Mas antes que o fizessem, a notícia tinha atingido alguns poucos ouvidos.

E, em poucos desses poucos, a curiosidade e desejo de conhecer o que havia para ser conhecido suplantava o medo. E os impelia em direção à busca pela fonte daquela luz.

Passado muito tempo e com muito sacrifício, esses que pensavam diferente e queriam saber o que há além do palácio, construíram um caminho alternativo para a sala das rachaduras. Caminho esse que teve de permanecer para sempre secreto, para que não lhe vedassem também.

Assim, o caminho fora sempre mostrado apenas para poucos. Somente para aqueles que sabia-se terem o mesmo desejo de conhecer o que há além.

Aqueles que ousaram e conseguiram chegar até a sala romperam suas paredes, formando janelas. Janelas que lhes abriram um mundo totalmente distinto daquele do interior do palácio. Um mundo de vastidão incomensurável e que jamais poderia ser ignorado, somente desbravado.

De onde viemos?

Antes, ver “Existe vida após a morte?

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Se antes e após a existência terrena nossas almas seguem suas jornadas através do tempo, disso surgem algumas questões.

Sendo nossa alma dissociada de nosso corpo, é fácil vê-la liberta da finitude que ele representa. E estando livre dessas limitações não é muito difícil percebê-la como imortal.

E a imortalidade é, por definição, a existência através dos tempos.

Assim como é certo que nossos espíritos transpassam as eras, é também certo que o planeta que vivemos (assim como todos os outros) possui tempo de existência limitado. Ainda que extremamente longevo para nossos padrões, possui um limite, e um dia desvanecerá.

O planeta que habitamos deixará de existir. Nós (nossas almas) continuaremos.

Analisando o inverso da linha do tempo, vemos que em algum momento preciso a Terra se formou e passou a existir. Mas nada indica que nossas almas tenham se formado a esse tempo.

Assim como continuaremos a existir quando a Terra se for, podemos muito bem ter iniciado nossa existência antes mesmo dela se formar. E, por nós, entenda-se nossas almas, nossa essência.

Quando deixamos que não apenas o padrão materialista de pensar permeie nossos raciocínios, muitas possibilidades se abrem.

Podemos concluir que não somente há vida fora da Terra, mas que nós próprios podemos ser de outro lugar que não esse planeta que é nossa atual morada.

A chave é ver a vida em sua dimensão espiritual.

Espiritualidade

Espiritualidade é mais do que uma crença particular. É mais do que um conceito que pode ser apreendido em sua plenitude com o uso apenas do intelecto.

É algo que, para ser compreendido, precisa ser vivenciado de corpo e alma. Todas as dimensões do nosso ser têm que estar imbuídas de uma genuína busca espiritual para sabermos minimamente do que isso se trata.

E quando ousamos seguir nessa direção, a visão que temos do mundo muda completamente.

Coisas que antes eram para nós extremamente valiosas, perdem importância. O que era objeto de desejo, ganha ares de frivolidade.

E aquilo que jamais pensamos poder existir, passa a ser um objetivo a ser atingido.

Sabemos que estamos em busca daquilo que é perene, e damos menos importância ao que é passageiro.

A vida ganha em significado. As coisas passam a fazer mais sentido.

Quando nos engajamos numa verdadeira busca espiritual, é como se, perdidos num local totalmente desconhecido, encontrássemos uma bússola que nos indica o norte.

Nesse momento, não sabemos ainda onde iremos chegar. Mas passamos a caminhar mais conscientes de nossa jornada, sabendo ao menos que caminhos não seguir. E temos pistas de para onde devemos nos encaminhar.

E isso é apenas o começo.