Olho ao redor, e mesmo para mim próprio, e vejo prisões eternas confinando as pessoas em seus medos, dúvidas e angústias. De tão arraigados, esses sentimentos são vistos como normais, como se fizessem parte da natureza humana e deles não pudéssemos nos livrar.
Mas eles não são normais, e não fazem parte de nós, a menos que permitamos que eles nos guiem.
Mais tarde postarei um vídeo de pessoas sem vestígio algum de medo, donas de si mesmas. Por enquanto, ficam as palavras.
Palavras que uso para dizer que sim, que é possível expulsarmos de nós mesmos todo e qualquer sentimento que não quisermos em nossas vidas. Basta, para isso, que alcemos um voo liberdade. Que nos reconheçamos como arquitetos de nosso próprio destino. Que percebamos que somos livres para escolher como agir, pensar e sentir diante de cada situação.
E essa liberdade, quando realmente vivenciada, possui a força de quebrar as correntes do medo e de qualquer outra amarra que aprisione.
O pensar livre impulsiona nossa mente para paragens distantes. Faz com que desbravemos o desconhecido e passemos a compreendê-lo.
O sentir com liberdade expulsa de nossos corações tudo que lhes oprime. Faz com que não reste lugar para angústias, ansiedade, medo e dúvidas. Somente havendo espaço para esperança, paz, coragem e confiança.
Agir livremente é agir em acordo com nossas diretrizes internas; em acordo com aquilo que nossa voz interior diz ser o certo, sem espaço para que essa certeza seja deturpada.
O voo de liberdade é a consciência cabal de que podemos ser o que quisermos ser, de que nada pode impedir que galguemos os passos que nos levam à plenitude de nós mesmos. É saber que não precisamos confinar nossas atitudes àquilo que se espera de nós, mas tão somente àquilo que é nosso dever realizar, com base na voz de nossa consciência.
É um momento mágico, em que todas as dificuldades caem por terra, em que sentimos em nós uma força até então adormecida capaz de nos impulsionar para onde tivermos de ir.
O verdadeiro sentimento de liberdade é percebido como a certeza de que todos os caminhos são possíveis e estão ao nosso alcance, mas é também reconhecer que só um deles é o correto. E esse é um caminho de espiritualidade, desapego, amor e altruísmo, em que deixamos de agir para nós mesmos, e nos voltamos para intenções maiores.
Nesse momento, nosso dever é claro e inequívoco. Sabemos para que nascemos e que somos livres para colocar em curso aquilo a que nos destinamos a fazer.