Em busca da felicidade

A felicidade nos é chegada através do aprendizado, quando aprendemos sobre nós mesmos e sobre o lado luminoso da vida. Via de regra, nossos dias são de altos e baixos. Nosso humor oscila de tempos em tempos. E quando estamos infelizes é porque estamos desalinhados dessa tal parte luminosa da vida.

Como nos alinhar a essa grande luz? Aprendendo. Voltando-nos para dentro e reconhecendo os pontos em desalinho. Indo à cata de falhas, compreendendo-as e buscando sua superação.

Todos os nossos sentidos – visão, audição, tato, paladar e olfato – nos remetem ao mundo exterior, trazendo para dentro as impressões captadas de fora. Não somos acostumados a prestar atenção em nosso universo interior, pois a todo momento estamos vendo, ouvindo, tocando, degustando ou farejando algo.

E como voltar-nos para dentro? Através da consciência. Nossa consciência pode ser direcionada conforme nossa vontade. Podemos nos impregnar das sensações do mundo exterior ou então deixar os sentidos em repouso, abrindo caminho para um nível superior de consciência. A meditação é uma prática que auxilia nesse processo. Ela nos ajuda a ter o domínio de nossa consciência – isto é, o domínio de nós mesmos – e, quando a dominamos, podemos direcioná-la para patamares mais elevados. Podemos rumar o caminho do aprendizado interno.

E isso passa, necessariamente, por mudanças e superações. E, por óbvio que seja, não há mudança sem que antes seja reconhecida a necessidade de mudar. Ao menos as mudanças conscientes não se dão sem que isso ocorra. E isso significa que é preciso vasculharmos nosso interior à procura de pontos desalinhados do lado luminoso da vida.

Se encontrarmos dentro de nós uma pequena falha, esse é o primeiro passo para uma pequena mudança. Se encontrarmos dentro de nós uma grande falha, esse é o primeiro passo para uma grande mudança.

Aqui entra a Coragem. É preciso ser destemido para encarar a si mesmo, sobretudo nos aspectos mais profundos e desarmônicos.

Certas ‘falhas’ ou pontos em desalinho com a grande luz são tidas como aceitáveis; outras, são de pronto repudiadas. É comum alguém reconhecer ter um ânimo um pouco triste, depressivo. Ninguém é repudiado por isso (e nem deveria). A pessoa reconhece isso como um ponto a ser melhorado e se empenha nessa melhora. Mas…

De uma falha pequena, somente pode advir uma mudança também pequena.

As grandes mudanças requerem o reconhecimento de falhas igualmente grandes.

Assim, é comum as pessoas reconherem pequenas falhas, como a timidez, por exemplo (ou pelo menos o lado ruim dessa característica). Mas é raríssimo o reconhecimento de falhas realmente grandes – e no entanto elas existem.

Todos conhecem alguém que já disse algo como “Sou muito tímido. A timidez está me atrapalhando, preciso mudar isso.”

Contudo, alguém já ouviu alguém dizer algo do tipo “Sou muito falso. Essa falsidade toda que há em mim está me consumindo, preciso mudar isso.”?

E, como já disse e como é óbvio, esses defeitos mais graves existem. Sentimentos como a falsidade são de pronto repudiados. A opinião geral é a de que é aceitável ser um pouco tímido; já a falsidade é completamente inaceitável. Mas, se ela existe, aqueles que a tem precisam, necessariamente, reconhecê-la em algum momento para que possam superá-la. Daí a necessidade de Coragem e Honestidade.

Reconhecer nossas virtudes num momento de baixa estima pode ajudar a recobrar a confiança em nós mesmos. Mas nunca pode nos elevar a um patamar superior ao nosso padrão normal. É somente através do reconhecimento de falhas que podemos nos alçar a patamares até então não alcançados.

Por esse processo é que nos alinhamos ao Bem e à luminosidade. E é assim também que nos aproximamos de uma felicidade mais plena e perene.  Isso pois somos frequentemente postos em confronto com nossas falhas, até o momento em que elas deixem de ser falhas e se convertam em aprendizado. Quando isso ocorre, somos imbuídos de um sentimento de paz e plenitude: e daí vem a felicidade duradoura.

Escalando rumo ao cume

O caminhar do espírito se assemelha ao escalar de uma alta montanha. E o escalar de uma alta montanha se assemelha ao escalar de uma pequena parede. Ao escalar uma pequena parede, não temos medo de cair, pois se cairmos nada de mal nos ocorrerá. O chão está próximo para nos amparar.

Ocorre que não precisamos desse amparo, pois quando temos apenas um movimento pela frente, fazemo-lo de modo certeiro. Ajustamos nossas mãos e nossos pés de modo que eles nos garantam firmeza e não temos motivos para acreditar que nosso movimento não seja firme. Sendo firme, estamos em segurança.

O escalar de uma grande montanha é a sucessão desses movimentos. Se cada um for tão firme como o primeiro não há dúvidas de que a escalada será bem sucedida. Afinal, uma grande montanha nada mais é do que uma grande parede. E uma grande parede é como que muitas paredes pequenas, as quais não temos problemas em escalar.

Essa é uma visão cristalina de como funciona uma escalada. Aí não há espaço para o medo, que se torna algo sem sentido. Se não temos medo de escalar uma pequena parede, por que teríamos medo de escalar essa pequena parede muitas vezes sucessivamente?

O medo surge quando o foco vai para fora, quando se deixa de pensar nos próprios movimentos e se começa a olhar para o derredor.  Nesse momento há um abandono da consciência. Uma realidade exterior, antes inofensiva, passa a ser opressiva. Nesse momento, é percebida a distância a que se está do solo, como se isso tivesse implicação no próximo movimento a ser feito.

Quando a consciência estava voltada para si mesma, isso não era um problema. Uma montanha não era uma montanha, mas uma sucessão de pequenas paredes.

Com o mantenimento da Consciência nada há a temer. Cada movimento consciente é um movimento firme rumo ao alto. Desse modo, o mais alto dos cumes passa a estar ao alcance daqueles que se empenham nessa escalada.

Espiritualidade prática 3

Concluídos os ciclos dos dois posts anteriores, há um terceiro para que essa sequência de exercícios esteja completa.

Recapitulando:

No primeiro passo você ficou por um mês praticando sistematicamente a meditação, a oração ou então a visualização/mentalização que o eleve, procurando recordar de suas vivências noturnas, buscando por sua consciência, agindo gentil e altruisticamente, bem como fazendo autoavaliações.

No segundo passo, além das práticas do primeiro, você ficou por uma semana sem reclamar de nada nem falar mal de ninguém.

O terceiro passo é o mais difícil de todos, mas basta que você se mantenha nele com afinco por apenas um dia. Nessa etapa, o que você precisa, além de manter os hábitos anteriores, é:

1)      Não ter nenhum pensamento ou sentimento de reclamação. Aqui, deixar de externar uma reclamação não é o suficiente. Obviamente, não há como percorrer a terceira etapa sem passar pela segunda. Você precisa estar atento e consciente de cada ato silencioso seu. É preciso o domínio de si mesmo e estar preenchido de bons sentimentos. Lembre-se: se você sequer pensar, ainda que por um milésimo de segundo, em alguma reclamação, essa etapa não estará concluída.

2)      Não ter nenhum pensamento ou sentimento negativo em relação a ninguém. O trabalho interno aqui é grande. Seu foco deve estar mantido na consciência espiritual. A chama do amor e da compreensão deve estar acesa em seu coração. O desafio vale para cada segundo do seu dia.

Um único dia que você passe por essa experiência irá mudar a sua vida. A espiritualidade deixará de ser algo abstrato e se fará presente dentro de você. Uma Paz jamais imaginada impregnará todo o seu ser. O bem-estar que você irá experimentar não cabe em palavras.

Seria ótimo se fosse possível simplesmente “colocar” esse sentimento dentro de alguém. Se cada pessoa no mundo tivesse experimentado por um segundo que fosse a paz de espírito alcançada com essa experiência, certamente a maior parte dos problemas da humanidade estaria resolvida. Não haveria mais guerras e fome, dentre outras mazelas.

Experienciar novamente a sensação vivida durante esse mágico segundo seria um objetivo a ser constantemente perseguido, e as tolices diárias seriam deixadas de lado.

Mas isso é algo que só pode ser atingido mediante o trabalho interno de cada um. E a força de vontade para se empenhar nesse trabalho deve brotar a partir do livre-arbítrio. Não podemos impor a ninguém que percorra esse caminhar espiritual. Não temos o direito de sequer esperar de alguém que percorra essa trilha. Devemos ter, sempre, respeito e compreensão.

Sempre temos a chance de estarmos enganados, mas para concluir esse exercício não podemos nos autoenganar. Não podemos nos iludir. É preciso que façamos a autoavaliação mais rigorosa de nossas vidas. Precisamos vasculhar cada recôndito de nossas almas e ver se nele estava escondido algum pensamento ou sentimento negativo. Precisamos abrir portas que estiveram fechadas por eras.

Quando fizermos isso teremos rompido um padrão multimilenar a que nossas almas se condicionaram, vida após vida. E, uma vez rompido esse padrão, olharemos a tudo com um novo olhar, sentiremos a tudo com um novo sentir. Teremos experimentado o que é viver a espiritualidade.

Espiritualidade prática 2

Assim que encerrado o ciclo mensal com as práticas do postEspiritualidade prática”, o ideal é que seja feita uma avaliação dos resultados obtidos nesse período. Busque identificar as mudanças que ocorreram dentro de você e na sua forma de enxergar as coisas.

Depois disso, sugiro que se proponha a renovar esse ciclo, porém agora com uma dificuldade a mais. Acrescente às suas metas diárias duas outras. Essas metas, diferente das primeiras, não são para que você crie um hábito, mas sim para que você se livre de maus hábitos. São elas:

1) Não reclamar. Simples assim. Passe um dia todo sem reclamar de nada, por mais que existam motivos para isso (é justamente quando há motivos e não embarcamos nessa atitude que notamos algo de diferente). Mantenha uma meta firme de não reclamar de nada, de absolutamente nada. Isso não significa, é claro, que você deva se sujeitar a tudo e ser uma pessoa submissa. Mas esse não é o problema da maioria das pessoas, então, mantenha firme o propósito de não reclamar de nada, pois são raríssimas as exceções em que uma reclamação é a atitude mais sábia.

2) Não falar mal de ninguém. Por mais justos que lhe pareçam os motivos para falar mal de alguém, contenha-se. Ao perceber que o comentário que está para sair de sua boca é negativo, ainda que se sinta no direito de proferi-lo, mantenha-se calado. Isso é também uma lição de humildade, afinal, toda crítica carrega em si um tom de superioridade. Somos consciências fragmentadas e não somos capazes de enxergar tudo o que há para ser enxergado, que é vastíssimo e em grande parte inconcebível. Assim, não nos cabe ser o juiz de ninguém, até porque não temos a mínima condição para isso. Achar que temos o direito de julgar os outros é um erro profundamente arraigado. Na verdade, nunca o cometemos conscientemente com um pensamento do tipo: “Eu estou lhe julgando por isso…”. Julgamos sem notar estar julgando. Daí a regra simples: não fale mal de ninguém, só isso.

Mantenha-se firme nesses propósitos durante um dia inteiro. Quanto tiver conseguido ficar um dia todo sem reclamar de nada nem falar mal de ninguém, proponha-se a fazer isso durante uma semana inteira. Uma semana livre desses maus hábitos é o suficiente para notar grandes diferenças em nós mesmos e ter uma nova e surpreendente visão sobre a vida.

A contagem do ciclo só vale para os dias em que atingimos as metas. Assim, só podemos considerar o primeiro ciclo, do post anterior, completo se seguimos as práticas por um mês, ininterruptamente. De igual modo, a semana desse novo ciclo só irá se completar quando ficarmos sete dias consecutivos sem reclamar e falar mal de alguém.

Falhou? Recomece. Sem culpa ou desânimo, apenas recomece.

É claro que viver a espiritualidade não é seguir uma receita pronta. É, antes de tudo, viver um caminho de autoconhecimento e ampliação da consciência. Ainda mais importante do que isso, é fazer desabrochar dentro de si os bons sentimentos. É viver o Amor, a Paz, a Compaixão, o Altruísmo, a Sabedoria. Mas esse é um passo gigantesco, verdadeiramente imenso, e não é possível dá-lo sem antes aprender a andar. E para que deixemos de engatinhar no caminho espiritual e comecemos a galgar os primeiros passos, essas atitudes são essenciais.

Espiritualidade prática

Para muitos, a palavra espiritualidade está atrelada a um conceito abstrato. No entanto, algumas práticas são capazes de abrir nossa percepção e voltar nossa consciência para o mundo espiritual, tornando-o quase que concreto para nós.

Em primeiro lugar, é preciso dar chance para que os conhecimentos espirituais aflorem em nossa mente. Isso quer dizer que devemos estar abertos à experimentação desse novo e vasto mundo, até então desconhecido de nós.

Pequenas atitudes práticas podem nos dar mostra de que, apesar de sutil, esse mundo é real e tangível. Segue uma pequena lista com hábitos que, se praticados diariamente ao longo de, digamos, um mês, certamente irão abrir sua mente para os horizontes espirituais:

1)      A cada noite, antes de adormecer, eleve seus pensamentos e sentimentos. Livre-se de problemas e angústias e entre em sintonia com padrões sublimes e harmoniosos de consciência. Isso pode ser feito através de oração, meditação, visualização de uma cena harmônica e alegre, sintonia com uma música relaxante, dentre outras formas. O momento que antecede o sono é quando nos direcionamos para os planos extrafísicos em sintonia com nosso estado consciencial.

2)      Ao acordar pela manhã, abra vagarosamente os olhos e incline suavemente a cabeça para um dos lados. Nesse momento, busque recordar dos sonhos e vivências que teve durante a noite. Fique algum tempo nessa sintonia e busque processar o máximo de informações que puder, procurando algum sentido nelas.

3)      Faça uma breve meditação (ou oração) e projete boas energias para o seu dia. Visualize situações harmônicas; projete o sentimento de agradáveis surpresas. Enfim, do mesmo modo que entrou em sintonias elevadas antes de adormecer, busque fazer o mesmo logo no início do seu dia. Isso pode ser feito ainda na cama, em algum local específico para meditação ou mesmo durante o banho.

4)      Reserve pequenos momentos para voltar sua consciência para além das atividades cotidianas. Busque sentir energias de paz, de amor, de compreensão. Pense sobre sua própria consciência. Faça isso por diversas vezes ao longo do dia, isso não irá atrapalhar suas atividades diárias, ao contrário, irá ajudá-lo.

5)      Seja gentil e altruísta. Sempre que tiver uma oportunidade, faça algo de positivo em prol de alguém. Você irá se surpreender ao ver como essas oportunidades surgem em abundância ao longo de um dia e quantas vezes as desperdiçamos (sim, ajudar aos outros é uma grande oportunidade). Isso pode ser manifestado de várias formas, até mesmo com um simples sorriso. Mas atenção: tanto na gentileza quanto no altruísmo, o que vale é a intenção e não somente a ação. Isto é, a atitude deve estar impregnada do genuíno desejo de ajudar e fazer o bem.

6)      Depois de dedicar-se aos afazeres diários, reserve um tempo para uma autoavaliação. Aqui, o que deve ser analisado são suas ações, pensamentos e sentimentos, mesmo os mais íntimos e que geralmente acabam escapando da consciência. Com a prática, a profundidade dessa autoavaliação vai aumentando e vamos ampliando a consciência de nós mesmos.

Lembre-se de que isso é um ciclo. Depois do passo 6, retome o primeiro passo. Se você fizer isso à risca durante 30 dias consecutivos, certamente irá experienciar a realidade espiritual. Se falhar em algum momento, não se preocupe nem se sinta culpado, apenas retome o caminho e prossiga nesse ciclo.

Boa sorte, ou melhor: força, dedicação e persistência!

Leveza interna

Leveza interna é a chave para a liberdade. Pesos vibratórios são grilhões que aprisionam em faixas densas e nebulosas. A leveza do ser, por sua vez, é como o ar quente que insufla um balão, elevando-o às alturas. Os pesos impedem que o que há de sublime e maravilhoso seja visto e alcançado.

Ser leve é ser despojado… despojado de julgamento crítico, de preconceitos, daquelas pequenas maldades contidas em sarcasmos, em algumas ironias e até mesmo em certas brincadeiras, aparentemente inocentes. Ser leve é conservar a pureza de sentimentos, mesmo aquela pureza que nos impede de ver determinados aspectos da realidade… aqueles aspectos feios e pesados.

Pensamentos, por breves que sejam em nossas mentes, se impregnados do tom de superioridade que há nas críticas possuem uma vibração, e essa vibração é pesada. Impedem-nos de alçar voos e pairar acima das nuvens, onde o céu é belo e azul.

A leveza eleva. E do alto é possível enxergar mais longe.

Vendo ao longe é que podemos ter noção do confinamento em que nos encontramos quando não leves, pois o mundo ao redor diminui com os pesos. O horizonte passa a ser mais próximo, estreitando nossa realidade. E essa é a prisão em que os pesos vibratórios nos mantém.

Por isso digo, leveza interna é a chave que pode abrir as portas dessa prisão e dar-nos liberdade, liberdade para voarmos com nossas almas e explorarmos novas e belas paragens.

Por que é bom estar errado?

Se sob determinado prisma alguém se mostra certo e eu errado, por que isso é melhor para mim? A resposta é simples: se estou errado e reconheço meu erro, posso mudar. E a evolução consiste em mudanças.

Ao reconhecer uma falha, posso me tornar um pouco melhor. Já aquele que desde antes havia aprendido determinada lição em particular, nessa situação específica não tem como evoluir – afinal, já alcançou o que tinha de alcançar (supostamente).

Eu, que estava errado, saí ganhando, pois pude mudar. E, como já disse, evoluir é mudar. Assim, é muito mais vantajoso para nós que nos apontem um erro do que nos elogiem. Do erro pode vir a superação. Do elogio pode vir a vaidade.

É claro que é preciso sabedoria para discernir o momento e a forma de fazer o apontamento. Há momentos também, é verdade, que a atitude mais sábia é a de presentearmos alguém com um simples elogio. Mas para isso é preciso ter em conta que elogios servem para incentivar, não para adular. A sinceridade em apontar uma falha, por sua vez, deve vir sempre acompanhada de gentileza, afinal, isso só é positivo se feito de maneira suave e bem-intencionada.

Muitas vezes enganamos a nós mesmos dizendo que o que estamos falando é para o bem da própria pessoa, quando na verdade o que queremos é simplesmente jogar para fora algo que está nos incomodando. E, se chegamos a esse ponto, é porque algo vai mal em nosso interior. É porque abrimos as portas para o desequilíbrio.

Nessa situação, o que temos de fazer é nos voltarmos para nós mesmos, buscar os caminhos que nos levam à Paz e, por consequência, nos afastarmos do turbilhão que turva nossa visão.

Sempre há um conflito em momentos como esse, pois são momentos em que nossas vibrações estão mais densas e é justamente quando precisamos sutilizá-las. Para isso, é preciso amadurecimento espiritual. É preciso ter clareza sobre onde se quer chegar e a certeza de que a força para atingir esse objetivo reside em nós ou então nos é dada no momento em que passamos a acreditar nela.

Muita Paz e Força para encontrar seus erros e superá-los!

Um breve suspiro

“Cada homem não é apenas ele mesmo; é também um ponto único,

singularíssimo, sempre importante e peculiar, no qual os fenômenos

do mundo se cruzam daquela forma uma só vez e nunca mais.”

Herman Hesse

Tão breve quanto um suspiro é a vida que vivemos. Tão curta, tão passageira se comparada à perenidade das estrelas. Mas ao mesmo tempo tão cheia de emoções e experiências; repleta de encontros e desencontros, de alegrias e tristezas, de esplendores e dissabores.

Que legado deixaremos quando dela partirmos? Que impressões e sentimentos as pessoas terão de nós quando somente restarem-lhes as memórias de quem fomos?

Terá tido sentido nossa existência? Teremos cumprido nossos desígnios e nos entregado a causas maiores do que nossos próprios interesses? Teremos dado o máximo que pudemos e vivido com a intensidade que almejamos? Poderemos olhar para trás e, com brilho no olhar e alegria no coração, dizer “Valeu a pena!”?

Quantos sorrisos teremos espalhado? Quantas vezes nossas mãos teremos estendido? Quantos cálidos abraços teremos dado? Que sentimentos teremos semeado?

Pois o que vale na vida é isto: as boas impressões que deixamos, as alegrias que ajudamos a multiplicar e os sofrimentos que ajudamos a amenizar. Uma vida só tem sentido quando vivida não para nós, mas para aqueles que nos rodeiam.

Quantos amores teremos vivido? Quantas amizades teremos cultivado? Ou melhor seria dizer: Vivemos um verdadeiro amor, nem que seja apenas um único, porém eterno? Cultivamos uma amizade verdadeira, de lealdade a toda prova?

Afinal, não importam quantos amores ou quantas amizades tivemos, pois apenas um deles vivido em plenitude faz com que deixemos de viver por nós, e que o façamos por outros. E eis que isso expande a alma e eleva. É sentimento que preenche e transborda de nós, espalhando-se em redor.

Pois ao final desse breve suspiro que chamamos de vida, de todos os aprendizados que acumulamos, o único que verdadeiramente importa é este: saber amar.

Pensamentos negativos

Uma reflexão importante a ser feita sempre é sobre a natureza dos nossos pensamentos: se são negativos ou positivos.

Por mais verdadeiro que seja, se um pensamento nos deixa tristes, desanimados, pra baixo, o considero negativo.

Geralmente esses pensamentos têm a ver com um passado, mas um passado muito específico, que normalmente não foi bom. Não é estraho que às vezes nos esqueçamos de tudo de bom que já nos aconteceu e nos concentremos apenas naquilo que não foi agradável?

Quando nos concentramos nesse passado ruim específico, trazemos ele para o presente e vivenciamos novamente a mesma tristeza. Como se isso não bastasse, projetamos isso para o nosso futuro, desanimando quanto a ele.

É um círculo vicioso. E a melhor maneira de lidar com isso, segundo vejo, é rompê-lo logo de início, não deixando que os pensamentos negativos tenham vazão em nossas mentes.

Sempre tem um “mas…” que faz com que, apesar de reconhecermos esse círculo vicioso, nos mantenhamos presos a ele.

O jeito é simplesmente jogar o pensamento fora, e isso requer esforço e determinação.

A vida é curta e a senda espiritual é longa. Não podemos perder tempo dando passos para trás quando à nossa frente há um longo caminho a ser percorrido.

Breves pensamentos

À medida que sua alma se expande, algumas pessoas tentam contê-la, de modo que continue a caber em seus universos.

Nossa melhor filosofia não passa de conta gotas que traz a nós ínfima parte do vasto oceano da Verdade.

Aquele que se arvora senhor de alguma coisa, não passa de senhor de sua própria ignorância.

Somos veementes em negar aquilo que não compreendemos, ainda que diante dos nossos olhos.

Bons sentimentos são o que há de mais nutritivo para uma alma vigorosa e saudável.

À medida que me realizo, com maior frequência perguntam-me o que há de errado comigo.

Há pessoas que têm o dom de nos fazer melhores. Seus sorrisos iluminam nossa alma. Suas palavras, suaves ou duras, nos tocam com sua verdade. Seu silêncio nos fala com eloquência. Sua presença é para nós como o sol que irradia vida…

Os tolos são ávidos por tomar decisões; os sábios com frequência abstêm-se de tomá-las. Eis a origem de tanta m3%4@!

Jamais cesse de progredir. A dinâmica da vida pede que sejamos a cada dia melhores.

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Quando contemplamos a beleza e experimentamos a paz, somos impelidos a compartilhar beleza e paz: a beleza e a paz que carrega um sorriso gentil, a beleza e a paz que carrega o silêncio de um ouvido paciente, a beleza e a paz que carrega um ato de doação.

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Uma bela canção, um sorriso com o olhar e um coração em leveza têm todos um toque espiritual e, sendo assim, são pequenas expressões de algo maior.

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Só atinge a razão plena aquele que é capaz de navegar sobre mares de loucura sem afundar sua embarcação.

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O brilho de um olhar é uma expressão de vida; é uma fagulha cintilante.

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Quanto mais longe projetamos nosso olhar, mais brilhantes se tornam nossos olhos.

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Evoluir é não somente adquirir e aprimorar virtudes, mas também despojar-se daquilo que nos impede de alçar voos mais altos.

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Nosso pensamento pode ir tão longe quanto permitirmos que ele vá.

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Voltemos nossos olhares para as estrelas e além delas; sejamos capazes de vislumbrar aquilo que nossos olhos não permitem ver.

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Evoluir é mudar; e mudar é romper padrões, é ter humildade e traçar novos caminhos.

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A mudança é a tônica da vida.

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Uma crença viva é como uma janela aberta.

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Alastre bons sentimentos e os terá de volta.

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O segredo do amor é este tão simples: para ser amado, basta ser amável.

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Um sorriso é a própria semente que dá origem a outros sorrisos.

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As pessoas ao nosso redor são como espelhos que refletem aquilo que emanamos, nos devolvendo aquilo que a elas lançamos, e isso de forma potencializada.

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Pequenos gestos são capazes de provocar grandes mudanças.

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A vida é repleta de sinais esperando para serem interpretados; cheia de enigmas feitos para serem descobertos.

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Mesmo a mais cristalina verdade é impedida de penetrar numa mente que não queira acolhê-la.

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O verdadeiro sentimento de liberdade é a certeza de que todos os caminhos estão ao nosso alcance, mas é também reconhecer que somente um deles é o correto.

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Frequentemente nos perdemos em atitudes vazias, em pensamentos que não são pensamentos, mas a mera repetição não sabemos de quê.

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Certas coisas, ou são óbvias e nesse caso dispensam explicação, ou, se não o são, nem adianta explicá-las.

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De nada adianta uma mente sagaz sem um coração bondoso.

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Tempos difíceis sempre precedem dias melhores.

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Na vida muitos trechos não possuem mapas, precisam ser percorridos para serem conhecidos.

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É a inspiração, e não o poeta, que faz os versos.

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Fazer o melhor diante de cada situação é agir com plenitude.

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A felicidade não é um objetivo a ser perseguido, mas a congratulação por termos atingido nossos objetivos.

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Àqueles que já encontraram, digo: continuem buscando.

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Cada um de nós possui o condão de tornar tudo diferente, tudo melhor.

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Basta olharmos com o olhar que busca a verdade para dentro de nós para vermos que somos muito mais do que o corpo que habitamos. 

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Você só pode conceber a si mesmo como muito grande se as suas referências são muito pequenas.