“Cada homem não é apenas ele mesmo; é também um ponto único,
singularíssimo, sempre importante e peculiar, no qual os fenômenos
do mundo se cruzam daquela forma uma só vez e nunca mais.”
Herman Hesse
Tão breve quanto um suspiro é a vida que vivemos. Tão curta, tão passageira se comparada à perenidade das estrelas. Mas ao mesmo tempo tão cheia de emoções e experiências; repleta de encontros e desencontros, de alegrias e tristezas, de esplendores e dissabores.
Que legado deixaremos quando dela partirmos? Que impressões e sentimentos as pessoas terão de nós quando somente restarem-lhes as memórias de quem fomos?
Terá tido sentido nossa existência? Teremos cumprido nossos desígnios e nos entregado a causas maiores do que nossos próprios interesses? Teremos dado o máximo que pudemos e vivido com a intensidade que almejamos? Poderemos olhar para trás e, com brilho no olhar e alegria no coração, dizer “Valeu a pena!”?
Quantos sorrisos teremos espalhado? Quantas vezes nossas mãos teremos estendido? Quantos cálidos abraços teremos dado? Que sentimentos teremos semeado?
Pois o que vale na vida é isto: as boas impressões que deixamos, as alegrias que ajudamos a multiplicar e os sofrimentos que ajudamos a amenizar. Uma vida só tem sentido quando vivida não para nós, mas para aqueles que nos rodeiam.
Quantos amores teremos vivido? Quantas amizades teremos cultivado? Ou melhor seria dizer: Vivemos um verdadeiro amor, nem que seja apenas um único, porém eterno? Cultivamos uma amizade verdadeira, de lealdade a toda prova?
Afinal, não importam quantos amores ou quantas amizades tivemos, pois apenas um deles vivido em plenitude faz com que deixemos de viver por nós, e que o façamos por outros. E eis que isso expande a alma e eleva. É sentimento que preenche e transborda de nós, espalhando-se em redor.
Pois ao final desse breve suspiro que chamamos de vida, de todos os aprendizados que acumulamos, o único que verdadeiramente importa é este: saber amar.