De todos os valores dos quais já tive um vislumbre do seu significado, através da percepção direta do sentimento e da posterior compreensão com a mente, acredito que o maior deles é a Liberdade.
Na Liberdade está embutido o Respeito e também o Amor.
Ao compreender o valor da Liberdade, percebemos que ela é tudo o que temos, que ela nos é o que há de mais caro e precioso.
E, por reconhecer a sua preciosidade, respeitamos a liberdade dos outros. Sabemos que cada um é livre para fazer as suas escolhas, e que estas não nos dizem respeito, a menos que sejamos chamados – ainda que sutilmente – a ajudar a clarificar as possibilidades de escolhas de outrem.
Quem compreende o que é a Liberdade, ama. Ama, pois percebe que todas as escolhas são válidas e, de algum modo, servem ao aprendizado e ao crescimento de cada um de nós. Mesmo – e talvez principalmente – as escolhas erradas.
Obviamente, por vivermos em sociedade, as escolhas dos outros frequentemente nos afetam. Na medida em que temos nossa liberdade afetada pelas escolhas alheias, creio, temos o direito de nos manifestar e intervir em prol da nossa liberdade, buscando a harmonia nesse processo.
A percepção da Liberdade faz com que nossa consciência paire acima do torvelinho do dia a dia. Quando a sentimos, sabemos ter o controle sobre o nosso próprio destino. As escolhas que nos levarão ao destino que almejamos se clarificam em nossa mente e em nossa alma, formando como que um mapa a nos indicar os caminhos a percorrer.
Quem é livre percebe e respeita as diferenças que nos separam, divisando também as semelhanças que nos unem.
Quem é livre percebe que as prisões mentais que nos agrilhoam, começam e terminam em nós mesmos, e que não passam de mero condicionamento, que pode ser demovido a qualquer instante, com a força da nossa vontade.
O verdadeiro lar dos bravos e terra dos livres é a alma de cada um de nós. Basta que tenhamos consciência disso.