Frequentemente aquilo que buscamos está mais perto de nós do que podemos imaginar.
Seja um objeto perdido ou um grande amor, é provável que o encontremos ao lançarmos um olhar atento não ao longe, mas para as nossas cercanias mais próximas.
Se procuramos por algum objeto em nossa casa, é tanto mais fácil encontrá-lo quanto mais organizada ela estiver.
Igualmente, se queremos encontrar alguma resposta dentro de nós mesmos, a tarefa fica mais fácil se estivermos com nosso interior bem arrumado.
Sentimentos e pensamentos confusos nos afastam de nós mesmos e, por consequência, de nosso destino, da realização maior que podemos colocar em curso.
O amor que sentimos é tão imperfeito quanto as imperfeições que carregamos dentro de nós.
Nossas confusões emocionais e mentais embotam nossa capacidade de amar. E, como a vida nos traz de volta aquilo que emanamos, na medida em que amamos imperfeitamente, também somos amados um amor imperfeito.
Ou, por mais que nos amem um amor perfeito, não seremos capazes de desfrutar desse sentimento se não estivermos prontos para isso.
Não basta estarmos diante do amor de nossas vidas. É preciso termos a maturidade e o aprendizado suficientes para vivenciá-lo.
No fim, tudo nos remete a nós mesmos. Cada sofrimento que experimentamos em nossa alma tem nela própria a sua raiz mais profunda.
O desenrolar da vida de cada qual de nós é como que a projeção de um filme dirigido por nós mesmos, ainda que disso não tenhamos consciência.
E um final feliz está tão perto ou tão longe quanto a distância que mantemos de nós mesmos.