A voz que há eras bradava finalmente fora ouvida. O torpor de um tempo sem fim havia caído por terra. E, como alguém que nasce cego e milagrosamente passa a enxergar as cores, assim as luzes também passaram a inebriar sua consciência. Após anos de vã filosofia e buscas intermináveis, finalmente uma luz no túnel fora avistada.
Num mágico segundo, foi como se tudo o que sempre soube e que já não mais lembrava saber retornasse vívido à sua consciência. E finalmente a voz de sua alma passara a ser ouvida. E finalmente as coisas ganhavam sentido.
Sentia-se vivo, com uma centelha pulsante ansiando por espargir seu brilho a queimar em seu peito. Nesse instante, nada parecia ser; tudo simplesmente era… era como deveria ser.
(Continua…)
Após esse instante mergulhado em sua própria alma, imerso em seus pensamentos e sentimentos mais caros e profundos, voltou-se para seu redor.