Por Aldenor Romero Studart
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Existem várias formas e maneiras para se viver em equilíbrio, promover o desenvolvimento espiritual e buscar a felicidade. No meu entendimento, um procedimento que favorece, e muito, tudo isso é o cultivo do desapego.
Quanto mais nos tornarmos des-apegados mais fácil a vida se torna, até porque ficamos mais leves, mais soltos e menos presos a tanta coisa inútil (material, espiritual e emocionalmente falando). Nesse sentido, uma técnica que auxilia a criar a cultura do desapego em cada um de nós consiste na doação de um objeto todos os dias. Essa doação também pode se concretizar na prestação de um serviço a alguém ou algum ser vivo – não necessariamente a um ser humano e nem precisa ser algo valioso – basta que haja uma doação.
Talvez doar um objeto todos os dias pareça impossível, ou mesmo uma idéia absurda, mas eu gostaria de dizer apenas uma coisa: Experimente! Procure doar objetos que você tenha em duplicata e que, pensando bem, não há necessidade de ter dois, ou três, ou quatro deles na sua vida. Comece com objetos que não gosta ou não usa há muito tempo. Depois foque naqueles com pouca probabilidade de serem usados, pelo menos em curto prazo. Crie espaços, deixe a energia ao seu redor fluir de forma harmônica.
Uma observação muito importante: evite ter coisas quebradas! Se algo estiver quebrado, conserte, ou então passe adiante. Às vezes um objeto com um pequeno defeito pode ser de grande valor para outra pessoa. Aproveite a oportunidade para consertar ou descartar.
Nesse processo de des-apego procure ter o estritamente necessário hoje. Evite o excesso da mesma forma e com a mesma intensidade com que você foge da escassez. Isso pode ser facilitado com o consumo racional, ou seja, consumir o que for necessário, na medida do essencial e na dose exata do equilibrado.
O objetivo maior de tudo isso – em última instância – é o desenvolvimento da pessoa enquanto ser espiritual, privilegiando o crescimento interno de cada um. Para isso é importante ampliar a percepção do contexto em que vivemos, conscientizando-se de quão insana é a busca contínua e incessante da acumulação sem medidas.
Belo texto !! o equilibrio é chave para sair desta malha cármica… você teria outros textos amigo ?