Dos recônditos de nossas almas eclodem reminiscências daquilo que somos. Somos todos rebentos da Luz. Quando as coisas do dia a dia deixam de ocupar todo o espaço de nossas mentes, eis que se abre uma fresta para que essa luz se manifeste através de nós.
Quando já não mais estamos encerrados apenas em nós mesmos, isto é, quando deixamos de nos preocupar tão somente conosco, egoisticamente, e expandimos nossa preocupação e, mais do que isso, nosso bem-querer para fora de nós, eis que essa fresta se alarga e uma quantidade maior de luz passa por nós.
Filhos que somos da Luz Maior, Dela guardamos semelhanças. Semelhanças essas que aos poucos vêm à tona, à medida que abandonamos nossa personalidade terrena, aquela forjada por cascas, ilusões e aparências e que nos aproximamos de nosso Eu Maior.
Esse processo paulatino de iluminação passa por ajustar as sintonias, num afastamento das energias mais densas, como a das emoções em desequilíbrio ou a dos sentimentos inferiores, numa maior afinidade com energias mais leves e luminosas.
O ajuste de padrão energético feito por meio desse processo, passa também por uma mudança de foco. É aquilo de voltarmos o nosso bem-querer para além de nós mesmos. E isso não significa abdicar de buscar o bem para nós próprios, não é isso. É conquistar nosso bem-estar, mas ir além.
Quando estamos preenchidos, transbordamos parte dos sentimentos que nos preenchem.
Se o que nos preenche é amor, à medida que esse amor aumenta ele já não cabe mais em nós. É preciso passá-lo adiante. E assim amamos nossos filhos, nossos pais e nossos irmãos, enfim, nossa família. Mas essa expansão não tem limites. Ela nada mais é do que a Luz Maior passando em quantidade cada vez mais abundante por nós, quando estamos sintonizados com Ela.
Nesse expandir contínuo, estendemos nosso amor para além de nós mesmos e de nossa família. Passamos a amar, querer bem, também a pessoas desconhecidas. Isso começa com aquelas com as quais nos simpatizamos por possuirmos alguma afinidade. Mas a expansão do amor não tem limites, como já disse.
Começamos aprendendo, instintivamente, a amar a nós próprios, depois aos nossos familiares, em seguida aos nossos amigos com os quais guardamos afinidade… mas todas essas formas de amor trazem em si um pouco de egoísmo. Amamos a “nós”, aos “nossos” familiares, aos “nossos” amigos…
O amor universal é como o sol que irradia o seu brilho para todos.
Quem ama um amor não egoísta ama, também, aqueles que desconhece, aqueles de que diverge e mesmo aqueles que, na falta desse amor, lhe causariam repulsa. E esse amor não fica circunscrito às pessoas, estende-se aos animais, à natureza… é infinito…
Esse é o caminho do eterno caminhar dos Filhos da Luz.